Peguy Luyindula está afastado da equipa principal do PSG há mais de um ano e, agora, atirou-se ao clube parisiense. Numa entrevista polémica, o avançado diz que foi constantemente humilhado no clube. «Se pudessem mijar-me em cima, mijavam-me em cima», disse.

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«Era como se eu não existisse, aos olhos do PSG», começou por referir Luyindula, que tentou explicar o conflito com o emblema da capital francesa.

«Os gajos, se pudessem mijar-me em cima, mijavam-me em cima», atirou, assim mesmo, numa entrevista à «So Foot», que teve ecos no «LEquipe».

Luyindula está afastado depois de se ter recusado a entrar em campo, na época passada, na meia-final da Taça da Liga com o Montpellier. «Não pararam de me humilhar, deram-me pequenos golpes, pagaram-me o fato, com o meu nome, e depois preferiram deixá-lo estragar-se a dar-mo», acusou Luyindula.

«Depois, há a história da foto oficial, que fizeram nas minhas costas e li, num dia, que me desatei a rir do Nenê por ele ter ficado preso na casa-de-banho depois do jogo com o Arles-Avignon», conta, para declarar: «Acho que foi o cúmulo da idiotice.»

A classificação da Ligue 1

Luyindula tem, ainda assim, uma palavra de apreço para o antigo treinador, Antoine Kombouaré: «Quantos técnicos disseram "obrigado por estes dois anos e meio, foi super genial" depois de ser despedido? Pelo que vejo, ele ficou contente por sair do PSG. Já eu não estou contente por ficar.»

Depois, o avançado francês voltou às acusações. Primeiro, ao director-desportivo, Leonardo. «Mal o vi. A primeira vez que estive com ele foi em Londres, num hotel, antes de jogarmos no Emirates. Disse-me que o treinador é que tinha de decidir que jogadores iam ficar no grupo. Apertou-me a mão e sorriu», afirmou Luyindula.

O novo director-geral do clube, Jean-Claude Blanc, também não escapou às críticas: «Enviou uma carta a todos os clubes para me tramar. Uma carta em que ele diz, de grosso modo, que eu orquestrei uma campanha mediática anti-PSG e que estava lesionado por oito meses. Uma espécie de carta de não-recomendação. Ele tinha acabado de chegar ao clube, podia ter servido de moderador, mas não...»

Agora, Peguy Luyindula considera-se «um funcionário do PSG, mas não jogador de futebol» e admite que os futebolistas devem unir-se para se fazerem ouvir: «Devemos falar do direito a trabalharmos, estamos num Estado de direito. Os gajos da selecção francesa fizeram uma greve por uma boa causa, mas foi mal feita e o golpe foi mal entendido. O direito à greve é um direito fundamental da Constituição francesa. Mas agora, depois de Knysna [local onde a França se concentrou no Mundial-2010], os futebolistas perderam esse direito.»