Nuno Espírito Santo deixou o comando técnico do Valencia no final do novembro de 2015 e ainda não tem projetos para o futuro. Neste momento o treinador português aproveita a pausa na carreira para refletir, depois de um desafio muito exigente em Espanha.

Espírito Santo já tem saudades de treinar, mas confessa-se tranquilo: «Foi um ano e meio muito intenso no Valencia, um clube de exigência máxima. Este tempo serve agora para analisar e refletir para depois voltar ao trabalho.»

«Estou aberto a tudo, seja em que país for. O ponto fundamental será o projeto.»

O técnico abandonou o clube che devido aos resultados menos positivos e debaixo de muitos protestos dos adeptos do Valencia, mas, à margem do Fórum de Treinadores, que decorre em Setúbal, confessou que não guarda mágoas e que deu o seu melhor.

«Fui treinador do Valencia durante 500 dias. No primeiro ano, deixei a equipa na Champions, foi bastante bom. Este ano igualmente. Vou sempre seguir ligado ao clube, pois foi um marco muito importante na minha carreira.»

«Vivemos um ano e meio fantástico, em que nunca perdemos em casa. Fomos quem mais ganhou pontos em casa. A recordação que tenho do Mestalla é de um apoio incondicional.»

Espírito Santo saiu e entrou Gary Neville, no entanto os resultados continuaram a não ser positivos e o Valencia ocupa atualmente o 14.º lugar da Liga espanhola. A torcer por fora, o ex-treinador acredita que melhores dias virão: «Tenho a certeza que com a qualidade que há no plantel o problema se vai resolver.»

Na mesma ocasião, o ex-guarda-redes do FC Porto falou de Iker Casillas e das críticas que o guardião espanhol tem recebido devido a alguns erros no Dragão. Espírito Santo referiu que isso é algo normal devido à exigência e que o palmarés de Casillas fala pela sua qualidade.

«É um grandíssimo guarda-redes. É um futebolista com tantos títulos que o seu valor está fora de questão. A este nível a exigência, pressão e crítica é algo que todos têm de superar.»

Atento ao futebol português, o técnico agora sem trabalho, disse que atualmente «se joga bom futebol» na Liga e que a luta pelo título será renhida até maio: «Está um campeonato interessante. Vai ser uma luta a três até ao final.»