O antigo futebolista português Luís Vidigal, que fez carreira entre Portugal e Itália, além de ter representado a seleção, recordou, em declarações ao podcast Final Cut, os tempos de infância em Elvas, nos anos 80 e 90, onde fez formação e subiu a sénior.

«Acordávamos cedo e lá íamos para debaixo das amoreiras, com a pressão de ar, eu e o Lito [ndr: irmão, antigo jogador e agora treinador], compincha na altura. Cada um trazia oito ou dez pardais, e lá íamos vender à tasca e aquilo dava um dinheirinho bom. Sempre conseguíamos o dinheiro para um geladinho, que na altura os pais tinham o dinheiro todo contado e mesmo assim não chegava», referiu, ao podcast da Sports Tailors.

Vidigal que depois passou por Estoril, Sporting, Nápoles, Livorno 1915, Udinese e Estrela da Amadora, falou ainda sobre o impacto que o treinador Carlos Queiroz teve, nomeadamente quando se cruzaram numa pré-época, no Sporting.

«No quinto dia de estágio na Holanda sou chamado ao quarto do Carlos Queiroz. Ele tem aquela conversa que todos os jogadores gostavam de ter nas minhas circunstâncias: “Estou extremamente satisfeito com o trabalho que estás a desenvolver, vais ficar no plantel, continua a fazer o que tens feito até aqui”. O Carlos Queiroz é apenas e só um dos revolucionários do futebol português. Há futebol em Portugal antes de Carlos Queiroz e há depois de Carlos Queiroz», considerou.