Em inquérito promovido pelo Manchester United, com a ajuda de adeptos, Bruno Fernandes brincou com a circunstância de ter passado do verde para o vermelho, por força da transferência do Sporting para Old Trafford.

«Sim, o vermelho agora é a minha vida. Se me perguntassem há dois meses eu diria que não, que era só metade, pois jogava no Sporting e o rival era o Benfica. Mas já disse aos meus colegas e amigos, assim como os adeptos do Sporting, que o único vermelho que visto é o do United e de Portugal», respondeu o médio, que ao ser questionado sobre os equipamentos alternativos do novo clube até sugeriu uma camisola verde.

Relativamente aos objetivos no Manchester United, Bruno Fernandes deixou claro que tem quatro troféus em vista: Liga inglesa, Liga dos Campeões, Taça de Inglaterra e Taça da Liga.

«Quero ganhar tudo. Tenho fome para ganhar tudo. Vim para o Manchester United para ganhar títulos. Sei o potencial que a equipa tem, dada a juventude, com muita qualidade. E não interessa que outros tenham mais experiência, pois nós também temos jogadores experientes. Não sei como vai ser na próxima época, mas o Man Utd é um grande clube, e normalmente compra jogadores, pois toda a gente quer vir para aqui. É fácil para o clube, e espero que construa uma grande equipa. Já temos, na verdade, e quem vier tem de vir para ganhar. Quero jogadores famintos por vencer. Sinto isso no grupo. Temos o Juan Mata, por exemplo, que já ganhou tudo, ou praticamente tudo, e sinto que ele quer mais. Ganhou o Mundial, o Euro, a Liga dos Campeões, salvo erro… quando sentes que um jogador assim quer mais, tu também queres mais», referiu o português.

Bruno Fernandes recordou ainda a assistência para Martial no dérbi com o Manchester City, ao picar a bola por cima da barreira, na cobrança de um livre.

«Não era um plano, mas fizemos o mesmo com o Everton e com o Watford, salvo erro. Na primeira vez o erro foi meu, que passei mal a bola, e no segundo foi o Martial que deixou a bola deslizar», começou por dizer.

«Já tinha visto o Anthonu [Martial] a olhar para mim. Percebi que ele queria o mesmo que eu, e começas a sentir», acrescentou Bruno Fernandes, que usou o diálogo com Fred, que estava ao seu lado, para tentar distrair a barreira adversária.

«Quando o árbitro apitou em percebi que o Anthony estava pronto. Foi o timing ideal, a bola perfeita e a conclusão perfeita. Foi tudo no momento certo. Por vezes falhas, mas é preciso tentar, e conseguimos marcar. Precisamos evoluir, mas se calhar, na próxima, o defesa fica com a bola e sai em contra-ataque. Mas é preciso assumir riscos, faz parte do jogo», concluiu.