Triunfos de Benfica e Sporting, empate do FC Porto no Estádio do Restelo, casa do Belenenses, reflexos de um sucesso capital que se fez sentir nesta 11.ª jornada da Liga.

Podemos incluir neste lote o Estoril, do Distrito de Lisboa, que alcançou o segundo triunfo consecutivo graças a um periclitante Nacional da Madeira (0-1).

Foi assim a ronda que terminou com dois treinadores a lembrarem que têm sempre as malas à porta: Manuel Machado – precisamente – e Carlos Pinto, após derrota do Paços em Arouca (1-0). Já nesta sexta-feira, Carlos Pinto pegou efetivamente nas malas e deixou o clube pacense.

Nota ainda para os triunfos das duas equipas do interior, Arouca e Tondela, na fuga aos últimos lugares da tabela classificativa. Em Setúbal, um livre do regressado Filipe Augusto e um pedaço deslocado de relva garantiram três pontos para o estreante Luís Castro no Rio Ave.

Voltemos ao início e ao jogo que provocou a maior alteração no pódio da Liga: o Belenenses originou novo percalço do FC Porto, que chegou ao terceiro jogo a zeros e ao quarto empate consecutivo. Não foi um jogo de sentido único e as duas equipas tiveram a oportunidade de chegar à vitória (0-0).

Sem soluções nem ideias para reverter o ciclo, Nuno Espírito Santo viu a sua equipa ficar a sete pontos do líder Benfica e dois do Sporting. O V. Guimarães falhou em Tondela mas o Sp. Braga goleou o Feirense por 6-2 na Pedreira e atirou os Dragões para o 4.º lugar. Wilson Eduardo e Rui Fonte estiveram em evidência no triunfo robusto da equipa de José Peseiro, ao apontarem dois golos cada.

Antes de o FC Porto entrar em campo, já que o Sporting tinha garantido três preciosos pontos no Estádio do Bessa. Bas Dost concretizou uma de várias oportunidades criadas, perante um desfalcado Boavista que soube reagir e colocou os leões em sobressalto na reta final do encontro (0-1).

Perante uma equipa em transição e sem treinador principal – saiu Pepa, ficou como responsável o preparador-físico Leandro Mendes, até entrar nesta segunda-feira Augusto Inácio – o Benfica impôs o seu poderio e venceu sob a batuta de Pizzi, médio em grande momento de forma. O português bisou, Raúl Jiménez fechou as contas (3-0).

Perante o cenário desenhado no sábado, o Vitória de Guimarães tinha a oportunidade de assaltar o pódio da Liga. Porém, domingo foi dia feliz para as equipas da casa e o Tondela protagonizou uma reviravolta tardia. O brasileiro Murilo (não confundir com o venezuelano Murillo) saiu do banco para assistir por duas vezes Wágner: 2-1, Tondela a fugir ao fundo da tabela.

A equipa de Petit ficou a um ponto do irregular Paços de Ferreira. Horas antes, em Arouca, a formação local ditou novo resultado negativo para os pacenses (1-0) e deixou Carlos Pinto a admitir que tem sempre as «malas à porta.»

O mesmo tinha acontecido na véspera com Manuel Machado, este com maiores pergaminhos na Liga, após triunfo do Estoril na Madeira. Um golo na própria baliza de Ali Ghazal deu a vitória aos canarinhos e deixa o Nacional no fundo da tabela classificativa, em igualdade pontual com o Moreirense.

Na abertura da 11.ª jornada, um livre caricato de Filipe Augusto permitiu ao Rio Ave terminar um ciclo sem vitórias. Não garantia três pontos desde 18 de setembro, frente ao Sporting. Já sem Capucho e com Luís Castro, a equipa de Vila do Conde saboreou o triunfo em Setúbal, frente ao Vitória (0-1). Nota final para o empate a zero entre Desp. Chaves e Marítimo, sem reflexos significativos na classificação.