Ao regressar a Lisboa, três dias depois de ter conquistado o título de vice-campeã europeia do triplo salto, Patrícia Mamona estava tão elétrica quanto no momento em que subiu ao pódio, em Helsínquia. Ao chegar ao aeroporto, o sorriso constante refletia-se na medalha que carregava, e da qual ainda não se tinha separado.

«Nestes dois dias quase nem dormi. Estava com a adrenalina no máximo. Dormi com a medalha e até a deixei cair. Acordei em pânico», revelou, sempre a sorrir.

«No pódio tinha de estar quieta e não consegui. Estive sempre a agradecer e a acenar. Estava emocionada. Sou uma pessoa muito enérgica, e penso que transmiti isso no pódio», explicou.

Foi logo no primeiro ensaio que Patrícia Mamona alcançou a marca (14,52 metros) que lhe garantiu a medalha de prata, contrariando aquilo que é habitual. «Estava relaxada. Queria abrir com um bom ensaio, mas normalmente até faço bons ensaios no fim. Com aquele salto as adversárias ficaram logo assustadas», recordou.