Depois de quatro jogos sem ganhar para o campeonato, pese embora tenha empatado no reduto do FC Porto na última jornada, o Nacional tenta agora regressar às vitórias, algo que já não acontece desde o dia 6 de Outubro, altura em que venceram diante dos seus adeptos, por 3-0, o Sporting de Braga.

No entanto, Manuel Machado acredita que este é um jogo que se deverá ser caraterizado pelo equilíbrio, desvalorizando o fator casa, algo que, no seu entender, apenas traz vantagens às equipas que revelam competência: «Hoje sabemos que os jogos se pautam pelo equilíbrio. Não há jogos para os quais se possa partir de forma mais sobranceira porque quem o fizer corre o risco de ter um desastre pela frente», começou por referir, explicando de seguida: «Jogamos no nosso terreno, que, de fato, é um espaço de maior conforto, diante dos nossos adeptos, mas isso não traz mais de que essa vantagem teórica.»

O técnico alvi-negro ressalva que os setubalenses já não perdem à sete jogos consecutivos, estando em crescendo na tabela classificativa desde que José Couceiro assumiu a liderança da equipa técnica, pelo que acredita num jogo de resultado incerto que poderá cair para ambos lados: «O Vitória vem dessa retoma, reagiu muito bem à alteração do comando técnico, vem de uma sequência de resultados positivos, com uma melhoria também da sua posição em termos classificativos e por isso o que eu antevejo é um jogo de ponto de interrogação. Um jogo de resultado em aberto», disse.

Para Manuel Machado, o Nacional tem que ser mais competente que o adversário «quer a defender quer a atacar», e, só estes dois fatores, aliados «a uma ponta de sorte que também é necessária», poderá permitir alcançar a vitória: «Se formos menos competentes, não será nunca o fator casa ou os adeptos que irão resolver o problema que temos em mãos», atirou.

Por fim, o técnico explicou que não se poderão tirar ilações do último jogo do Dragão que possam ser aplicadas neste embate, pois é um jogo com um perfil completamente diferente: «O Porto é uma equipa muito assumida. Não prevejo que o Setúbal possa ser decalcado dessa ideia para o jogo. É quase o reverso da medalha, com um bloco mais baixo, a jogar em transição. Um bocado aquilo que o Nacional fez a jogar a semana passada no Dragão. Cada um joga com as armas que tem, e, o Setúbal irá fazer pela vida usando aquilo que lhe parecer ser mais adequado para um jogo deste tipo», finalizou.