A Liga Europa está na ordem do dia em Coimbra. O regresso às competições internacionais, passados 40 anos, desperta a cidade e deixa, claro está, uma grande expetativa nos comandados de Pedro Emanuel, que vão enfrentar equipas como o Atlético de Madrid, o Hapoel Telaviv e o Viktoria Plzen.



«Somos os outsiders, porque, quer queiramos, quer não, estávamos no pote 4. Isso quer dizer que as outras equipas, quando jogarem contra nós, a pressão estará do lado delas, e vão ter de assumi-lo», refere, a propósito, o extremo Marinho, esta quarta-feira, em conferência de Imprensa.

«Não vamos entrar derrotados, mas eles terão a responsabilidade, enquanto nós ficaremos com o prazer de disfrutar do jogo, fazer o nosso papel e, quem sabe, conseguir alegrias. Já que estamos por fora, e isto acaba por ser um prémio, se pudermos fazer o que gostamos, e, ainda mais, contra uma equipa como o Atlético, não vejo por que não aproveitar», completou.

O avançado, um dos elementos mais em foco na época passada - marcou, por exemplo, o golo que valeu a Taça de Portugal diante do Sporting - reconhece que a fasquia passou a estar mais alta para a Académica. No horizonte dos estudantes está, para já, o jogo a Taça da Liga, cuja eliminatória começam a disputar este sábado, na Covilhã.

«Este ano estamos sujeitos a isso, vai haver mais cobrança, é natural, e seria fantástico para o clube e para as pessoas ver-nos na final, que se disputa no nosso estádio. Mas ainda nos não passa pela cabeça, temos objetivos bem cientes e sabemos que o principal é o campeonato. Se pudermos evitar o que aconteceu no ano passado, essa é a principal prioridade», afirma, prometendo uma abordagem séria ao jogo:

«Não vamos encará-lo de forma diferente. Tivemos o exemplo da pré-época. O Sp. Covilhã tem uma excelente equipa, muito bem organizada. É uma eliminatória de dois jogos, e podemos trabalhar com isso, mas sabemos que as pessoas esperam que passemos. Somos da I divisão, mas temos consciência de que será muito complicado.»