Esperava-se mais deste Marítimo. Milagres pouco estavam a pensar que pudessem acontecer, mas pelo menos, era pedido que os madeirenses vencessem este BATE que estava perfeitamente ao alcance, não sendo um conjunto do «outro planeta». A história da partida, essa, fica marcada por uma grande penalidade que o juiz escocês Euan Norris não marcou por uma mão na bola a remate de Danilo Dias.

Confira a ficha de jogo e as notas dos jogadores

O Marítimo vinha da Bielorrússia com uma desvantagem grande (três golos). Talvez por isso, pedia-se um onze mais ofensivo e num sistema bem mais arriscado. Mitchell Van Der Gaag manteve-se fiel ao seu 4x2x3x1 e apenas lançou Luciano Amaral no lugar de Alonso como defesa esquerdo. O BATE sem o seu guarda-redes titular, encaixou num 4x2x3x1, apostou tudo na dureza e no contra-ataque.

A primeira parte fica marcada pelo lance inicial, no qual Danilo Dias após um bom passe de Cherrad rematou forte para a baliza e o defesa Shitov meteu a mão a bola e o árbitro Euan Norris disse que o defesa tentou retirar a mão. Uma grande penalidade que poderia mudar a história da partida.

Daí em diante, os locais como lhe competia, assumiram a liderança no jogo, mas com um futebol onde se via muita ansiedade e poucas ideias. Os avançados madeirenses estavam apáticos e o pouco eficazes.As poucas vezes que conseguiram incomodar Gutor não foram certeiros. Rafael Miranda (23m), Cherrad (34m) e Roberto Sousa de livre directo, não foram capazes de meter a bola dentro da baliza.

Quanto ao conjunto bielorrusso apenas aos quatro minutos teve um bom contra-ataque que Kontsevoi rematou ao lado. E ficou por aqui o perigo para a baliza de Marcelo Boeck.

Pavlov gela caldeirão

Ao intervalo, o técnico holandês retirou Cherrad (até nem esteve mal...) e lançou Marquinho, passando a estratégia um 4x3x3. Este recém entrado Marquinho fintou tudo e todos aos 51 minutos mas rematou ao lado, gritando-se ainda golo no Caldeirão. E quem não marca sofre, já diz o velho ditado. No lance seguinte, após um remate de Bressan que Marcelo defende, Pavlov marcou contra a corrente do jogo e com a defesa local a ver.

Os verde-rubros sentiram e muito este golo, dentro e fora do relvado. No lado oposto, o BATE subiu de rendimento. Ao minuto 61, bom trabalho do brasileiro Renan Bressan que cruza bem mas Olekhnovich não consegue o remate ao primeiro poste perdendo um boa situação. No minuto seguinte, grande remate de Kontsevoi mas Marcelo defende bem para canto.

Até ao final, restava aos pupilos de Gaag tentar vencer a partida ou pelo menos empatar. Mas as ideias eram pouco esclarecidas e nem as mudanças operadas trouxeram melhorias. É evidente que este Marítimo precisa de mais jogadores que façam a diferença, quer na defesa (centrais), quer como médios criativos e principalmente ao nível dos avançados.

Afinal a fase de grupos da Liga Europa estava mesmo à mão de semear perante um BATE que é banal, mas que esteve mais perto do 2-0 do que sofrer o empate. Patotskiy aos 86 minutos desperdiçou uma clara situação para marcar cabeceando mal após um bom trabalho de Skavysh.

Já sobre a hora, Marquinho cruzou bem e Kanu fez o empate, num bom remate de primeira. Menos mau pensou-se. Puro engano. Rm tempo de descontos, Shavysh fez o segundo golo do BATE após um rápido contra-ataque e bom trabalho de Pavlov.