Caíco
O golo que marcou fica próximo de uma pequena obra de arte. Recebeu uma excelente abertura de Rincón, correu mais de vinte metros (nos quais ultrapassou Pelé, primeiro, e Rui Jorge, depois), isolou-se na cara de Marco Aurélio e picou a bola por cima do guarda-redes do Belenenses com muita classe no fim de tudo. Um golo de levantar um estádio que aprecie futebol, e que vale a pena com calma. As boas acções do médio brasileiro não terminaram, porém, no golo. Caíco procurou sempre a bola e soube dar-lhe um bom fim. Jogou de cabeça levantada, com velocidade e pragmatismo. Foi dos insulares mais inconformados e voltou a ficar muito perto do golo quando já na segunda parte rematou ligeiramente ao lado da baliza de Marco Aurélio.
Marcinho
Foi a estrela da companhia de Ulisses Morais. Jogou sobre a direita do ataque mas procurou espaços mais recuados para pegar na bola, jogando sempre em velocidade e técnica para espalhar a confusão junto à baliza do Belenenses. Por duas vezes, em dois remates que chegaram no fim de boas iniciativas individuais, ficou muito perto de marcar, mas em ambas as ocasiões o guarda-redes Marco Aurélio negou-lhe os intentos.
Marcos
Pegou um susto logo aos cinco minutos de jogo quando viu um remate fortíssimo de Zé Pedro passar bem perto do poste, mas tranquilizou-se depois. O Marítimo pegou no jogo e o Belenenses pouco mais assustou. Até aos vinte minutos finais. Nessa altura apareceu o guarda-redes a segurar o triunfo insular. Sobretudo em duas intervenções. Primeiro aos 81 minutos e depois aos 85, parou em grande estilo os remates de Silas e de Sandro.
Dady
A reacção do Belenenses começou apenas com a entrada do cabo-verdiano em campo. Bastaram dois minutos, aliás, para Dady finalizar um cruzamento de Ruben Amorim com um cabeceamento que passou junto à linha de golo da baliza do Marítimo até Nuno Morais a tirar mesmo antes de ela entrar. A oportunidade de golo, enorme, motivou então a formação de Couceiro para quinze minutos de pressão total sobre o Marítimo.
Caldeirão dos Barreiros
Os madeirenses acreditam que são importantes para a equipa e por isso puseram o Caldeirão a ferver. Como tantas outras vezes no passado. Aproveitaram as entradas gratuitas para as bancadas laterais e para a zona do peão, encheram o estádio com mais de seis mil almas e cantaram o tempo todo. Sobretudo na parte em que a equipa mais precisou deles. Voltou a perceber-se porque os Barreiros são conhecidos por Caldeirão.