Não foi fácil chegar aos 45 pontos, sobretudo quando tudo indicava que não seria difícil. O Marítimo marcou aos três minutos mas depois eclipsou-se. O Gil Vicente, pelo contrário, reagiu e bem, chegando ao 1-2. Só que Pedro Martins apostou forte na ida ao banco e acertou em cheio. Fidelis e Pouca operaram a reviravolta no marcador.

O Gil Vicente chegou aos Barreiros com um onze inesperado. O técnico Paulo Alves deixou no banco cinco dos jogadores que venceram o Sporting e o Braga. E isso custou caro, pois logo aos três minutos sofreu um golo. Só que o Marítimo, inexplicavelmente, a partir dos 25 minutos desapareceu do jogo.

Pedro Martins apostou na velocidade de Danilo Dias, Heldon e Sami, para a frente de ataque. O começo do encontro, esse, até parecia indicar que tudo seriam rosas para os locais. Heldon abriu o marcador aos três minutos, após um bom passe de Danilo Dias. Uma infantilidade de Peçanha, porém, que recolheu um atraso de Roberto Sousa, custou um livre perigoso, mas de onde nada resultou.

A pouco e pouco, os homens de Barcelos foram crescendo e começaram a encontrar espaços para sair em contra-ataque. Num livre, Peçanha desviou para canto o remate de Richard. Estava dado o aviso aos 25 minutos. Daí em diante, os adeptos locais começaram a entrar em desespero face à apatia dos seus jogadores.

Em escassos dois minutos, os visitantes deram a volta ao texto. Primeiro foi Zé Luís a empatar a partida aos 43 minutos, após um excelente passe de Richard. No minuto seguinte, Luís Carlos com alguma sorte, a bola ainda bateu no poste, fez o 1-2.

O Caldeirão gelou. E com razão, diga-se. O Marítimo desceu muito de produção, após uma entrada a todo o vapor!

Fidelis e Pouga saíram do banco para marcar

Pedro Martins não gostava do que via e mexeu na sua equipa aos 54 minutos, lançando Fidelis, retirando o apagado Benachour. O técnico dos madeirenses queria criar mais poder de fogo na área gilista e incomodar os centrais do Gil.

Acertou em cheio nesta substituição. É que aos 63 minutos, Fidelis elevou-se bem aproveitando um bom cruzamento de Rafael Miranda e bateu Adriano com um bom cabeceamento. Estava feito o empate que tanto ambicionava a equipa da casa.

Os verde-rubros cresceram aos 68 minutos, um grande lance de Ruben Ferreira na esquerda, que cruza bem e Heldon cabeceia para grande defesa de Adriano.

O Marítimo ia dominando, faltava marcar. Aos 80 minutos, Danilo Dias acertou no poste, mas no lance seguinte, foi Peçanha a roubar a bola a Hugo Vieira, quando este podia fazer golo. Havia mais espaços de parte a parte e o jogo ganha velocidade e emoção. Peçanha voltou a brilhar aos 83 minutos desviando um bom remate de Guilherme.

Mas a solução estava mesmo no banco. Pouga que entrou aos 81 minutos fez o 3-2, com um grande cabeceamento aos 86 minutos. Estava consumado o volte face. Pedro Martins ganhou as apostas, até porque, Ruben Ferreira também dinamizou o flanco esquerdo e apontou o canto que deu o terceiro golo.

Até ao final, foi o sofrimento, com os adeptos locais a empurrar a sua equipa para mais um triunfo, importante, pois o Marítimo regressou ao 4º lugar e atingiu os 45 pontos. O Gil Vicente vendeu cara a derrota, mas continua sem vencer no Caldeirão.