«Não me parece ser muito inteligente mudar muito». Foi assim que Carlos Carvalhal abordou os seus primeiros dias de trabalho à frente do Marítimo, quando questionado se iria alterar muito as opções anteriormente tomadas por Lori Sandri.
«Em três dias de trabalho cuidamos de algumas situações. Não vai haver alterações profundas, mas haverá algumas», adiantou no entanto o novo treinador. Em relação ao «onze», também não abriu o jogo: «É bom que a escolha seja difícil. Há vários jogadores preparados para jogar. Vamos ter de fazer opções e vamos fazê-las».
Carvalhal teceu de resto grandes elogios em relação ao grupo que encontrou: «Tirei boas ilações. Confirmei que é um grupo que tem boa atitude e que gosta de aprender e de trabalhar. O bom espírito existente também facilita o trabalho do treinador».
100 por cento do Marítimo
Ditou o calendário que o novo timoneiro verde-rubro faça a sua estreia nos Barreiros e logo frente a uma equipa que conhece muito bem e onde viveu horas de glória, o V. Setúbal. «Estou emocionalmente ligado ao Vitória por um passado recente de vitórias e conquistas. É gente que está a passar um mau bocado e que deveria ter maior apoio. Mas tenho que separar as coisas e neste momento sou 100 por cento do Marítimo», disse.
Sobre os sadinos, Carvalhal sabe o que vai encontrar pela frente: «É uma equipa sólida, que defende bem e espreita o contra-ataque. Mas estamos preparados para as dificuldades que vamos encontrar».
Atitude e ambição
Para manter a tradição de se estrear à frente de equipas com vitórias, o treinador sabe que «tudo vai passar muito pela atitude, ambição e vontade de vencer». «As equipas portuguesas defendem-se muito bem. Fora jogam fechadas e teremos de apelar ao sentido colectivo. Temos bons jogadores na frente, jovens e que vão encontrar o caminho para os golos», analisa. Para concluir esta sua primeira abordagem, Carvalhal destacou que é «necessário paciência e muita circulação de bola para poder vencer». E deixa o aviso: «Em primeiro lugar está a equipa, depois a equipa e por último a equipa. É ela que poderá ganhar os jogos».
Sem abrir o jogo quanto ao primeiro onze
Carlos Carvalhal dirigiu hoje a sua primeira sessão nos Barreiros. Mas como já vem sendo hábito não houve lugar a treino de conjunto. O técnico manteve o trabalho colectivo em termos ofensivos, dividindo o grupo em três.
Foi possível observar que há uma grande preocupação do treinador em falar com os seus novos pupilos. Por exemplo esteve muito tempo à conversa, e até recorreu a alguns desenhos, com o japonês «Taka».
De fora por lesão continuam Olberdan e João Luíz. Este sábado realiza-se o último treino, às 16h30, em Santo António.