O presidente do Marítimo revelou neste sábado que entregou ao fisco um cheque sem cobertura, para o pagamento de uma dívida de 130 mil euros. Carlos Pereira solicitou um «encontro de contas» à administração fiscal, algo que lhe foi recusado.

«É incompreensível que uma administração fiscal, sabendo das grandes dificuldades que os clubes estão a atravessar, não seja compreensiva. Por isso, posso afirmar que passei um cheque sem cobertura, por um montante de 130 mil euros, depois de ter solicitado um entendimento à Direcção Regional de Finanças, para fazer uma compensação de dívida e de a mesma não ter sido aceite», justificou o dirigente à agência Lusa.

Carlos Pereira assume, ainda assim, que pode ter problemas com o Banco de Portugal, mas alerta para o risco de começarem a faltar pessoas disponíveis para assumir a gestão dos clubes: «Sei que corro riscos de nível pessoal, e neste momento o meu nome está a ficar a vermelho no Banco de Portugal, mas espero que o prejuízo seja reparado, porque, se as coisas continuam assim, a curto prazo haverá poucas pessoas disponíveis para desempenhar cargos nas direcções dos clubes.»

O presidente do Marítimo reconhece que a situação financeira é «pouco confortável», pelo que existem mesmo salários em atraso, como o dirigente já tinha revelado.