Um ponto para Marítimo e Sp. Braga no arranque da jornada 14. Os insulares desperdiçaram uma vantagem de dois golos e acabaram o jogo a sofrer e a jogar com menos um elementos.

Uma bonita moldura humana no estádio dos Barreiros merecia bem mais do que aquilo que Sp. Braga e Marítimo ofereceram nos primeiros 25 minutos do jogo. Com ambas as equipas perfeitamente encaixadas, jogou-se muito no meio campo e lutou-se arduamente, mas as decisões no último passe eram quase sempre desastrosas, pelo que ambos o guarda-redes foram meros espetadores durante esse período e nem mesmo a tentativa de remate de longe de Luiz Carlos aos quatro minutos conseguiu sacudir esse marasmo, já que a bola passou muito por cima da baliza à guarda de Leoni.

Num jogo com falta de corrente, fez-se luz a partir do minuto 25, altura em que o Marítimo pressionou mais alto e empurrou o Braga para a sua defensiva. Volvido somente um minuto, os verde-rubros dariam o primeiro sinal de aviso. Na transformação de um canto na esquerda, Héldon fez a bola voar até à cabeça de Derley, que só não abriu o ativo porque Baiano evitou que a bola entrasse já em cima da linha de golo. Na sequência do lance, e de novo de canto, Héldon permitiu que Eduardo socasse de forma deficiente, mas o pontapé de bicicleta de Danilo não acertou na baliza, passando a mílimetros do poste.

FICHA DE JOGO E NOTAS AOS ATLETAS

O Braga não acreditou nos avisos deixados e continuou a jogar à luz das velas, pelo que os verde-rubros aproveitaram para continuar a crescer no jogo. A eletricidade que faltava chegou mesmo à passagem do minuto 35. Novamente na transformação de um canto, Artur colocou a bola milimetricamente nos pés de Danilo, com este a não se fazer rogado e a desferir um pontapé para uma enorme defesa de Eduardo. No entanto, na recarga do mesmo Danilo o guardião nada podia fazer, pelo que o Marítimo colocou-se na frente do marcador.

O choque elétrico funcionou como um agravar do atordoamento da formação bracarense, que, volvidos apenas três minutos veria a equipa da casa ampliar a sua vantagem, numa incursão pela esquerda da Artur que culminou com um cruzamento milimétrico para o cabeceamento vitorioso de Derley, fazendo o seu oitavo golo desta temporada.

Os arsenalistas ainda haveriam de reduzir antes do intervalo aproveitando uma autêntica prenda de Leoni, que não conseguiu segurar um cabeceamento à figura de Sasso, depois de um canto na direita batido por Rafa, com a Alan a aproveitar da melhor maneira e a fazer com que o Braga regressasse novamente ao jogo, já que tudo ficava em aberto para o segundo tempo.

GRANDE CONFUSÃO (ANTES E DEPOIS DO JOGO)


No entanto, contras todas as expetativas, a eletricidade tornou a faltar no reatamento e o marasmo do início da contenda tornou a imperar, pese embora os pupilos de Jesualdo Ferreira dominassem territorialmente, sendo preciso esperar quase vinte minutos para ver nova situação clara de golo.

Num lance sem grande perigo, que nasce num lançamento de linha lateral, a bola acaba por sobrar para Héldon, que num pontapé de tesoura levou o esférico a embater com estrondo no poste da baliza à guarda de Eduardo, perdendo assim a oportunidade de marcar um dos mais belos golos de 2013.

Era o sinal de que a eletricidade poderia estar a regressar aos Barreiros, mas foi pura ilusão. Rapidamente o jogo regressou ao mesmo. O Marítimo ia perdendo intensidade e o Braga mesmo sem jogar bem aproximava-se mais da baliza adversária. Edinho deu o primeiro aviso aos 78 minutos e Pardo haveria mesmo de conseguir a igualdade volvidos apenas dois minutos, depois de um cruzamento de Mauro na esquerda.

Os verde-rubros ainda haveriam de ficar reduzidos a dez unidades por expulsão de Derley, mas o Braga acabou por não ter arte nem engenho para conseguir a remontada, apanhando ainda um valente susto à passagem do minuto 85, aquando de uma jogada de entendimento entre Héldon e Sami, que culminou com o remate do primeiro perto do travessão.

No final, um empate que se ajusta, manchado muito claramente pelas cenas pouco dignas que se viveram dentro e fora das quatro linhas.