As lesões de Simão e Nuno Gomes vieram criar uma nova onda de críticas ao trabalho do departamento médico do Benfica. João Paulo Almeida, o director, desvaloriza as críticas e diz que quem trabalha no clube tem de estar habituado: «Quem vem para esta casa tem de perceber que está no maior departamento médico do país e no maior clube. Temos os olhos postos em cima de nós 24 horas por dia. Ou temos poder de encaixe ou trememos e vamos embora».
O médico considera que as críticas resultam da especulação, defendendo-se com os dados da UEFA: «O presidente da Comissão Médica da UEFA disse há pouco tempo que o Benfica é dos clubes com menor número de lesões na Europa. E os tempos de recuperação são excelentes. Uma coisa é especulação, outra são dados científicos.»
João Paulo Almeida assumiu que no caso de Simão foi divulgada uma informação errada, mas não está preocupado com uma eventual medida da Ordem dos Médicos: «A Ordem dos Médicos actuará como achar conveniente. Não temo a Ordem, tem mais com que se preocupar.»
Contrato termina no final da época mas há confiança no trabalho
O contrato de João Paulo Almeida termina no final da época, mas o médico desvaloriza a questão e prefere mostrar a confiança no trabalho que tem sido desenvolvido: «Sinto-me honrado por trabalhar aqui e a tentar fazer um trabalho de qualidade.»
Uma possível remodelação do departamento médico é relativizada pelo actual responsável: «O departamento médico está sempre a mudar. Temos de crescer e evoluir. Estamos satisfeitos com os actuais membros do departamento médico, quer da equipa principal, quer da formação.»
A confiança reforça nos actuais membros do departamento médico é estendida a Rodolfo Moura, cujo trabalho merece elogios. «É de uma dedicação extrema e muito profissional no trabalho que executa», defendeu João Paulo Almeida.