[artigo atualizado após a oficialização do empréstimo de Chidozie]

Do lesionado Fabiano Freitas ao mais do que ostracizado Adrián López, 11 nomes de futebolistas que não entram nas contas de Sérgio Conceição e que têm vínculo contratual com o FC Porto.

O que fazer com este importante grupo de excedentários?

Um grupo heterogéneo, é importante sublinhar. Basta pensar no nome de Gonçalo Paciência, nome maior da seleção de Sub21 e, com toda a certeza, um valor a levar muito em linha de conta pela SAD azul e branca.

Gonçalo nada tem a ver, por exemplo, com o flop Hyun-jun Suk, um homem tão desejado por Julen Lopetegui e tratado com total indiferença por Nuno Espírito Santo. Os dois empréstimos que teve em 2016/17 foram péssimos e redundaram em absoluta mediocridade: dois golos marcados, entre a Turquia (Trabzonspor) e a Hungria (Debrecen).

O Maisfutebol faz o levantamento destes 11 dossiers, sem esquecer outros futebolistas que trabalham com o plantel principal mas que, muito provavelmente, terão outro destino. Victor Garcia estará, certamente, nesse lote.

FC PORTO: ATLETAS POR COLOCAR

Fabiano Freitas (guarda-redes, contrato até junho de 2019)
. Recupera de lesão grave e não pode competir nos próximos meses. É provável que seja reintegrado no plantel do FC Porto quando estiver apto e, depois sim, ser cedido a outro emblema para voltar a competir. 

Sinan Bolat (guarda-redes, contrato até junho de 2018)
. Jogou regularmente no Arouca e tem mais uma época de ligação aos dragões. A renovação é um cenário altamente improvável, para não escrever impossível, e a rescisão está em cima da mesa. Uma contratação efetuada em 2013 e, como facilmente se vê, absolutamente incompreensível. Nunca jogou pela equipa A.

Willy Boly (defesa central, contrato até junho de 2021)
. Recrutado no curto reinado de Nuno Espírito Santo, dispensado aos primeiros dias do império de Sérgio Conceição. Oito jogos oficiais de dragão ao peito, mais quatro anos de ligação ao clube e a certeza de que não entra nas contas do novo treinador, com quem já se cruzara em Braga. O Wolverhampton é, aparentemente, uma opção concreta.

José Àngel (lateral esquerdo, contrato até junho de 2018)
. Um dos órfãos da era-Lopetegui. Chegou da AS Roma a custo zero – se isso ainda existe no futebol moderno – e o FC Porto tomou conta de 50 por cento do passe. 29 jogos oficiais em duas épocas, empréstimo posterior ao Villarreal e ainda mais um ano de contrato. Ou volta a sair emprestado ou rescinde imediatamente.

Josué (médio, contrato até junho de 2018)
. O Maisfutebol já relatou a atual situação do esquerdino: não renova a ligação ao FC Porto e sai, muito provavelmente, em definitivo. Só teve verdadeiras oportunidades na época 2013/14 (com Paulo Fonseca e Luís Castro) e vem de três temporadas com empréstimos.

Juan Quintero (médio, contrato até junho de 2021)
. Ampliou a ligação ao FC Porto, mas continua a não contar para o projeto desportivo do plantel principal. Abandonou a Europa para ganhar minutos de competição e é provável que na próxima campanha continue pelas Américas. Um talento desadaptado às altas exigências competitivas dos dragões.

Adrián López (avançado, contrato até junho de 2019)
. Um dos maiores equívocos do FC Porto nas últimas épocas. Nuno, surpreendentemente, apostou na sua reabilitação e a resposta do espanhol foi desoladora. Tem um golo em 27 aparições pelo FC Porto e o mercado espanhol volta a ser a saída possível para um ativo caro e dispendioso. Um luxo mais do que supérfluo.

Alberto Bueno (avançado, contrato até junho de 2020)
. Forte aposta de Lopetegui, o avançado não encaixou em nenhuma das posições em que foi testado. Oito jogos oficiais e dois golos são um quadro paupérrimo para um atleta de boa cotação em Espanha. Os empréstimos a Granada e Leganés não podiam ter corrido pior. No FC Porto, as portas estão fechadas. E no país vizinho?

Hyun-jun Suk (avançado, contrato até junho de 2020)
. Julen Lopetegui, sempre ele, telefonava todos os dias a Pinto da Costa a pedir o sul coreano. A esta distância, é difícil perceber tamanho entusiasmo. Fez meia temporada em condições ingratas no FC Porto e rumou para dois empréstimos com poucos jogos e ainda menos golos. Um peso morto na folha salarial.

Zé Manuel (extremo, contrato até junho de 2021)
. Um atleta de nível médio para a liga portuguesa, não mais do que isso. Por mais que se procurem, não se afigura fácil identificar os motivos que levaram o FC Porto a apostar nele. Fez uma época razoável no V. Setúbal (34 jogos/3 golos) e voltará a rodar num emblema de nível idêntico. Um ciclo para ser repetido por mais quatro épocas.

Gonçalo Paciência (avançado, contrato até junho de 2019)
. De todos os nomes, o filho de Domingos é o único com capacidade para ser solução a curto/médio prazo no FC Porto e para o FC Porto. Precisa, porém, de fazer urgentemente uma boa pré-época e de se libertar dos problemas físicos que tanto o atormentaram nos últimos anos. Tem capacidade física, tem capacidade técnica, remata bem com qualquer um dos pés e é um bom cabeceador. A próxima temporada terá enorme importância na carreira de Gonçalo Paciência. Vale incomparavelmente mais do que aquilo que os números das duas últimas campanhas (46 jogos/5 golos) fazem crer.