Miguel Afonso, arguido num caso de assédio sexual a jogadoras que treinava no Rio Ave, foi amnistiado da suspensão de 35 meses, na sequência da visita do Papa Francisco a Portugal.

O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) considerou «arrepiante» a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).

«O SJPF foi surpreendido com esta decisão e foi com a maior estupefação que constatou a ligeireza e insensibilidade demonstrada pelo TAD. Trata-se de uma decisão juridicamente errada, cuja fundamentação é absolutamente inaceitável», lê-se num comunicado.

O organismo liderado por Joaquim Evangelista apela à intervenção da Federação Portuguesa de Futebol: «Resta ao Sindicato, para além de manifestar o mais vivo repúdio pela decisão em causa, apelar à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para que recorra da mesma e não pactue com o branqueamento que ela encerra. Finalmente, queremos deixar uma mensagem de confiança às jogadoras vítimas de assédio, garantindo que estaremos ao seu lado e tudo faremos para erradicar do futebol estas práticas.»

Em 11 de julho, o TAD tinha mantido o castigo de 35 meses de suspensão a Miguel Afonso, ex-treinador da equipa feminina do Famalicão, determinado pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação, por assédio sexual e discriminação.