Miguel reagiu aos acontecimentos à porta de uma discoteca, em Cruz de Pau, através do advogado. António Pragal Colaço garante que o internacional português não disparou nenhum tiro e que «a polícia foi manietada». «O único problema do Miguel foi ter estado no local errado à hora errada», referiu António Colaço.
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O advogado falou ao Maisfutebol e diz que Miguel «fazia parte de um grupo de doze ou treze pessoas que ia a uma festa». A polícia fala em quatro ou cinco pessoas. «Houve confusão e os seguranças da discoteca dispararam uns tiros. Também terá havido um disparo da parte do grupo onde estava o Miguel.»
António Pragal Colaço adianta que o lateral não teve nada a ver com os desacatos na discoteca. «A única culpa é não saber escolher as companhias. O Miguel tem de ter mais cuidado e sobretudo escolher melhor as companhias», adiantou, garantindo que o jogador não conhece a pessoa que ficou detida.
Veja a versão da polícia em vídeo
Recorde-se que uma das pessoas que fazia parte do grupo onde estava Miguel foi detida pela polícia e presente a um juiz, tendo já sido libertado com termo de identidade e residência. O detido transportava uma arma sem possuir título legal para a sua posse. «Ele não conhecia todas as pessoas do grupo», diz o advogado.
Jogador foi sujeito a uma análise de pólvora
Depois de ter sido levado para a esquadra, onde foi identificado, Miguel foi sujeito a um exame de análise de pólvora. O teste serve para perceber se terá disparado tiros. O exame segue agora para o Laboratório Científico da Policia Judiciaria, a entidade competente na investigação do tiroteio.
Miguel fez exame de vestígios de resíduos de disparo
António Pragal Colaço lamenta que não tenham sido feitos os mesmos exames aos seguranças da discoteca. «Temos uma situação esquisita porque só uma das partes é que foi examinada. É lamentável não se ter feito exames aos seguranças», disse, reiterando que os tiros partiram dos vigilantes.
«Polícia foi manietada», diz advogado
Na perspectiva de António Pragal Colaço, gerou-se uma situação que inquina as culpas para uma das partes. «A polícia foi manietada», diz. «É uma técnica de despistagem. A polícia foi manietada pelos seguranças e pelas pessoas que estavam lá e que desviaram as atenções para o grupo do Miguel.»
Miguel: uma história de violência
O advogado diz, de resto, que o jogador não vai tomar qualquer medida contra ninguém. «Não vale a pena», garante. «Para quê? Para limpar a honra daqui a vinte anos?».
A polícia garantiu à Agência Lusa que interceptou o grupo por volta das sete horas, quando voltava à discoteca onde tinha ficado à porta duas horas antes. Nessa altura, na sequência da proibição em entrar, houve uma altercação, da qual resultaram disparos. Um dos disparos atingiu uma viatura estacionada na zona.