O ABC realizou uma conferência de imprensa, esta sexta-feira, na qual se revelou «estranheza» pela atuação da Federação Portuguesa de Andebol no caso da inscrição pelo FC Porto dos jogadores Diogo Branquinho e André Gomes, que, segundo o clube minhoto, ainda têm contrato.

Os bracarenses referem que Diogo Branquinho tem contrato até junho de 2018 e André Gomes até 2019. A FPA  ordenou na terça-feira a abertura de um inquérito às inscrições, algo que o ABC achou estranho.

«Recebemos no início de agosto uma notificação da FPA a reconhecer a validade da inscrição dos dois atletas, mas, depois disso, fomos surpreendidos pelo pedido de inscrição do FC Porto dos jogadores. É com estranheza que verificámos esse comportamento da Federação», adiantou o advogado Lúcio Correia.

O advogado do clube diz que a FPA pediu para o ABC exibir a revalidação anual da inscrição, procedimento que, contudo, o clube bracarense diz não fazer sentido, além de que não é obrigatório pelos regulamentos.

«Este é um processo grave, com contornos muito graves e estar-se-ia a abrir a ‘caixa de Pandora' no andebol português», diz Lúcio Correia, se um jogador assinasse por quatro anos e tivesse que assinar todos os anos a revalidação da ficha de inscrição e, se isso não acontecesse, poder dar justa causa para rescindir.

Para o presidente da mesa da assembleia-geral da SAD, Pedro Machado, «aqui não há qualquer dúvida, há apenas que apelar ao discernimento e seriedade da Federação em fazer cumprir as regras».

Pedro Machado notou que o ABC está disponível para dialogar, mas «nunca abdicará dos seus direitos».

Já Guilherme Freitas, presidente interino, lamentou a atitude dos jogadores: «O ABC é uma escola genérica direcionada para o andebol, são valores desportivos, mas também morais. O ABC sente que não conseguiu fazer passar a mensagem de honestidade, seriedade e ética a estes dois atletas».

Os jogadores estão impedidos de jogar até ao fim do inquérito.