Parecia evidente, perante os desenvolvimentos dos últimos dias, mas agora a agência Lusa cita fonte oficial do FC Porto a confirmar o adeus do clube ao ciclismo.
«O FC Porto não tem ciclismo», afirma a referida fonte, que remete para o fim do contrato com a Associação Calvário Várzea Clube De Ciclismo, que estava na origem da equipa denominada W52-FC Porto, no passado mês de dezembro.
Nos últimos dias as páginas da equipa foram apagadas das redes sociais, e na Prova de Abertura, que marcou o arranque da temporada, no passado fim de semana, surgiu a formação Fonte Nova Felgueiras.
O FC Porto regressou ao ciclismo em 2016, após mais de 30 anos de afastamento, mas a parceria com a W52 termina manchada pela operação «Prova Limpa».
O Ministério Público acusou 26 arguidos, incluindo vários ex-ciclistas da W52-FC Porto, o antigo diretor desportivo Nuno Ribeiro e o ‘patrão’ da equipa, Adriano Quintanilha, que respondem por tráfico de substâncias e métodos proibidos.
Entre os arguidos estão os ciclistas João Rodrigues, Rui Vinhas, Ricardo Mestre, Samuel Caldeira, Daniel Mestre, José Neves, Ricardo Vilela – todos eles já a cumprir suspensões desportivas -, Joni Brandão José Gonçalves e Jorge Magalhães.
Nesta segunda-feira também Amaro Antunes, tricampeão da Volta a Portugal pela W52-FC Porto, foi suspenso provisoriamente pela União Ciclista Internacional, por «uso de métodos proibidos e/ou substâncias proibidas», embora não tenha sido constituído arguido no processo «Prova Limpa».