Portugal terminou a 2.ª edição dos Jogos Mundiais da Trissomia, em Antália, Turquia, com um total de 42 medalhas: 17 de ouro, 13 de prata e 12 de bronze. O grande destaque acabou por ser o jovem Vicente Pereira, que ganhou sete medalhas de ouro, uma medalha de prata e ainda bateu três recordes do mundo, na natação.

Mas por partes.

Na quinta-feira, primeiro dia de competição, Portugal arrecadou 11 medalhas. A equipa de ténis de mesa (João Soldado Gonçalves, João Oliveira, João Miguel Gonçalves e Pedro Azevedo) foi campeã do mundo ao vencer a França na final por 3-0, depois de derrotar a Turquia nas meias-finais (3-0) e Macau, Grã-Bretanha e Itália, todas por 3-1, na fase de grupos. Houve ainda cinco medalhas na natação, com o ouro e recorde do mundo para Vicente Pereira (100m livres), ouro para João Vaz nos 200m bruços, prata para Diogo Matos na mesma prova, bronze para Matilde Gaspar nos 200m bruços (com recorde nacional) e ouro na estafeta dos 4x100 estilos, com recorde do mundo. No judo, também foram cinco medalhas no primeiro dia, por Cláudia Gaspar (T21 -57kg), Maria Ribeiro (T21 -63kg) e Paulo Lemos (T21 -100kg) e prata para Diogo Côrte (mosaico -73kg) e Paulo Lino (T21 – 66kg).

Na sexta-feira, Portugal somou mais nove medalhas (quatro ouros, duas pratas e três bronzes). Destaque maior para a natação, com três ouros, dois deles por Vicente Pereira (200m livres e 50m mariposa) e um por Diogo Matos (100m bruços), além do bronze de João Vaz (100m bruços). No ténis de mesa, João Soldado Gonçalves e João Oliveira venceram em pares masculinos e João Soldado conseguiu ainda a prata em pares mistos, com Leisan Zaripova. No atletismo, Beatriz Bastos (100m mosaico feminino) e Maria Vicente (400m T21 femininos) conseguiram bronzes. No judo, Portugal conseguiu a prata em equipas mistas.

No terceiro dia, no sábado, Portugal arrecadou sete medalhas, cinco delas no atletismo: Beatriz Bastos foi ouro no salto em comprimento e prata nos 200m mosaico feminino e houve ainda três bronzes, por Francisco Gouveia nos 1.500m marcha, por Jennifer Nogueira nos 1.500m marcha T21 e pela estafeta masculina dos 4x100m composta por João Machado, Vasco Avelino, Nélson Silva e Luís Gonçalves. A natação deu mais duas medalhas, com o ouro de Diogo Matos nos 50m bruços e a prata de Francisco Montes nos 800m livres.

No domingo, mais sete medalhas, quatro delas na natação e três no atletismo. Na natação, Vicente Pereira conquistou o ouro com recorde do mundo nos 100m mariposa, André Almeida foi prata nos 400m estilos e bronze nos 200m costas e a estafeta dos 4x200 livres (André Almeida, Francisco Montes, Diogo Matos e Vicente Pereira) foi prata. No atletismo, João Machado foi prata no triatlo (T21 masculino) e Beatriz Bastos prata em mosaico feminino. Já Francisco Gouveia foi bronze nos 1.500m mosaico masculino.

Já esta segunda-feira, Portugal encerrou com oito medalhas, atingindo as 42 na competição. Destaques no fecho dos Jogos foram João Machado (ouro no lançamento do peso) e, na natação, o ouro de Vicente Pereira nos 50m livres, o ouro na estafeta dos 4x100m livres com recorde nacional, a prata de Francisco Montes nos 1.500m e o bronze de João Vaz nos 200m livres. Na Turquia, Vicente Pereira foi eleito o melhor nadador dos Jogos. No atletismo, Francisco Gouveia foi bronze nos 800m mosaico e a estafeta feminina dos 4x400 composta por Maria Câmara, Maria Vicente, Ana Alexandrino e Jennifer Nogueira foi bronze. No ténis de mesa, em singulares masculinos, João Soldado foi prata.

A missão portuguesa contou com equipas e representantes nas modalidades de atletismo, natação, futsal, judo e ténis de mesa.

A comitiva lusa supera assim as 33 medalhas conquistadas na primeira edição dos Jogos Mundiais da Trissomia, realizados em Florença, em 2016. A 2.ª edição, na Turquia, prevista inicialmente para 2020, foi adiada devido à covid-19.

A representação portuguesa esteve a cargo da Associação Nacional de Desporto para Desenvolvimento Intelectual (ANDDI-Portugal), por delegação de competências da Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência (FPDD), sendo que as equipas de atletismo e natação foram da responsabilidade das respetivas federações das modalidades.

Este é o maior evento desportivo mundial para atletas com Síndrome de Down.

Na terça-feira, dá-se o regresso a Portugal, com alguns nadadores a terem chegada prevista para as 11h25, de acordo com a ANNDI. Um grupo mais extenso chega a Lisboa às 15h20 e um último ao Porto, às 15h25.