Os adeptos do Liverpool podem gabar-se desde domingo de ser os mais barulhentos do mundo, com papel passado e lugar garantido no Guiness. O recorde foi atingido na final da Taça da Liga frente ao Chelsea. A equipa de José Mourinho e da armada portuguesa venceu, mas os fãs dos «Reds» também levam um título.
O rugido mais forte de sempre de uma claque num recinto desportivo aconteceu então logo no primeiro minuto de jogo no Estádio Millenium, em Cardiff, quando John Arne Riise marcou o golo que colocou o Liverpool em vantagem. O grito da multidão atingiu uma potência de 130.7 decibéis, batendo o anterior recorde de 128,74 decibéis, que datava de Outubro de 2000 e pertencia aos adeptos da equipa de futebol americano Denver Broncos.
Porque há mesmo quem se interesse por isto e pretenda dar à coisa carácter oficial, a medição dos gritos foi realizada por funcionários da Câmara Municipal de Cardiff, ao nível do relvado.
Os adeptos do Liverpool ganharam aos do Chelsea no final, ao contrário do que aconteceu em campo, durante um jogo no qual, recorde-se, Mourinho foi obrigado a recolher aos balneários por ter feito o gesto de impor silêncio na direcção dos próprios fãs do Liverpool. Mais tarde, o treinador disse que estava a mandar calar os jornalistas ingleses.
Não se sabe se a atitude de Mourinho influenciou o nível do barulho, mas a média de ruído produzido pelos fãs dos Reds ao longo do jogo foi de 93.5 decibéis, enquanto os Blues, que estavam em menor número entre um total de 78.000 espectadores, se ficaram pelos 92.2.
O grito de aclamação a Steven Gerrard, o capitão do Liverpool, quando as equipas entraram em campo, foi ainda a saudação mais ruidosa de sempre a um jogador. Não terá sido afectado pelo barulho que Gerrard ficou, 80 minutos mais tarde, ligado da pior maneira à história do jogo, quando marcou o auto-golo que empatou a partida e levou a decisão para prolongamento. O Chelsea acabou por vencer por 3-2.