Jackson Martínez e James Rodriguez: a crónica da vitória da Colômbia sobre o Japão tem de começar obrigatoriamente por estes nomes. Juntos construíram e concluíram três dos quatro golos com que a seleção colombiana venceu o Japão e segurou o primeiro lugar do Grupo D.

Há uma diferença entre os dois: Jackson foi desta vez titular e James foi desta vez suplente. Por isso, ou se calhar por isso mesmo, a sociedade de golos só funcionou na segunda parte, exatamente depois do intervalo quando James substituiu precismente Quintero.

Ao intervalo, e depois de uma primeira parte morna, o resultado sublinhava um empate justo.

A Colômbia marcou primeiro, aos 16 minutos, quando Cuadrado abriu o marcador na marcação de uma grande penalidade.

O árbitro do jogo foi o português Pedro Proença e viu bem uma falta de Konno sobre Adrián Ramos dentro da área. O árbitro só teve uma falha, aliás: na segunda parte não viu uma falta sobre Jackson a queimar a linha de grande área (mas ainda fora da mesma).

Ora a Colômbia marcou primeiro, dizia-se, mas o Japão não se foi abaixo. Pelo contrário. A seleção asiática foi quase sempre melhor na primeira parte, teve mais bola, mais ocasiões de golo e até obrigou o guarda-redes Ospina a ser o melhor em campo neste primeiro tempo.

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Por isso, e depois de várias ameaças, chegou ao golo em cima dos quarenta e cinco minutos, quando Honda cruzou da direita e Okazaki cabeceou para o fundo da baliza.

Ao intervalo, lá está, o selecionador José Pekerman trocou o até aí praticamente inexistente Quintero por James Rodriguez, e nada voltou a ser igual.

O esquerdino do Mónaco trouxe irreverência, técnica e visão de jogo ao futebol colombiano, pelo que com algum naturalidade recebeu uma bola de Guarín aos 55 minutos, entrou pelo centro e deixou Jackson na cara do golo no momento certo, o avançado rematou cruzado e fez o primeiro golo da conta pessoal no Mundial 2014.

O Japão voltou para a frente, Ospina voltou a parar um grande remate de Honda e a Colômbia voltou a marcar: James assistiu Jackson, que dentro da área tirou Uchida do caminho e rematou em arco, de pé esquerdo, colocado junto ao poste.

Nessa altura o Japão acabou. Mas o jogo ainda tinha o melhor reservado para o fim: aos 89 minutos, Jackson deu para James, que entrou na área, sentou Yoshida e fez um chapéu a Kawashima,

Destaque, por fim, para a entrada em campo de Mondragón: o guarda-redes entrou em campo aos 84 minutos e tornou-se o mais velho jogador da história a jogar num Mundial. 43 anos.