Luiz Felipe Scolari tentará, nos próximos meses de junho e julho, somar o seu segundo título mundial como treinador e oferecer o «hexa» campeonato ao Brasil.

E um dos trunfos do «Sargentão» é, sem dúvida, a sua capacidade de liderança e de coesão do grupo.

O UOL Esporte entrevistou aquele que diz ser o novo «guru» de Scolari. Não se trata de um especialista em futebol, nem sequer sabe, aliás, os nomes dos principais craques do escrete.

É norte-americano, chama-se James Hunter, e escreveu «Como se tornar um líder servidor». Ora, esse foi precisamente o último livro lido pelo selecionador do Brasil.

No livro, o escritor americano defende que o líder deve servir os seus subordinados. O conceito é explicado em 136 páginas com exemplos entre o mundo empresarial, passando pelo desporto e até pela bíblia.

Na entrevista ao site brasileiro UOL Esporte, Hunter admite nem ser fã do futebol e explicou: «Os líderes devem conquistar o coração dos seus subordinados».

Para Hunter, o altruísmo «deve ser uma qualidade primordial para um chefe».

«Quem se candidata a líder, tem que ser assim. A vontade de servir e de se sacrificar pelos outros, a disposição de abrir mão de seus próprios anseios pelo bem maior – este é o verdadeiro altruísta e, em consequência, o verdadeiro líder», diz Hunter.

O escritor considera que «liderar significa conquistar as pessoas, envolvê-las de forma que coloquem seu coração, mente, espírito, criatividade e excelência a serviço de um objetivo».

Felipão revê-se nestes conceitos de liderança e de espírito de grupo. Na conquista do penta, Scolari falou no Brasil como sendo «uma família», algo que replicou no Portugal-2004, o euro realizado no nosso país, onde a Seleção Nacional chegou pela primeira, e única, vez a uma final de uma grande competição internacional. 

«Fui avisado pela assessoria de imprensa da minha editora no Brasil que o técnico da seleção do Brasil estava a ler o meu último livro. Para falar a verdade, eu não conhecia a história de Scolari. Não sou fã de futebol. Confesso que não sabia nada do seu trabalho. Eu conheci o Bernardinho no Brasil, ele me procurou porque era fã do meu livro O Monge e o Executivo».