A seleção da Hungria é a próxima adversária de Portugal no Grupo B da fase de apuramento para o Mundial 2018.

Depois de se terem defrontado no Euro 2016, as duas equipas nacionais têm reencontro marcado para 25 de março no Estádio da Luz.

Em entrevista ao jornal húngaro Nemzeti Sport, o selecionador dos magiares disse estar confiante na obtenção de um bom resultado. «Contente com um empate? Queremos ganhar! Mas vamos ver como corre o jogo. Não temos nada a perder, jogamos contra o campeão da Europa, não somos favoritos. Eles têm de vencer, mas nós também queremos ganhar, mesmo sabendo que seria uma surpresa», apontou Bernd Storck.

«Não devemos ter medo, apesar de eles serem mais fortes. Temos de mostrar que os nossos bons resultados no Europeu não foram acidentais. Temos de pôr em prática o nosso jogo e seria um grande erro se só nos preocupássemos em defender», acrescentou Storck, lembrando uma partida bem recente. No jogo entre PSG e Barcelona vimos o que acontece quando uma equipa tenta apenas defender. Temos de acreditar em nós próprios, somos perigosos nos cantos e nos livres.»

Apesar do jogo estar marcado para dia 25, a Hungria antecipou em alguns dias a viagem para Portugal, factor que Storck acredita poder beneficiar o conjunto do leste europeu. «Vai motivar ainda mais os jogadores. Vamos estar na cidade [Lisboa] nos dias antes do jogo e os jogadores vão sentir o quão importante é este jogo para os portugueses», apontou referindo ainda o clima mais agradável que se faz sentir em Portugal.

Garantindo ter «perdido a conta» ao número de vídeos de jogos que estudou da equipa das quinas nos últimos tempos, Bernd Storck disse estar à espera que Fernando Santos utilize Ronaldo no centro do ataque. «Penso que vai jogar lá. E se jogarem dois pontas de lança, ele vai ser um deles», afirmou convicto.

Refira-se que Portugal ocupa o segundo lugar do grupo com nove pontos, menos três do que a líder Suíça e mais dois do que a Hungria. Em caso de derrota, a seleção magiar pode atrasar-se irremediavelmente na luta por um lugar na Rússia, mas Storck não quer antecipar cenário. «Não devíamos pensar nisso. Temos de trabalhar afincadamente e depois vamos ver se chega. Não devíamos colocar muita pressão na equipa. Ambicionamos sempre ganhar, mas temos de ser realistas», concluiu com pragmatismo.