Portugal, Espanha e Marrocos apresentaram esta terça-feira a candidatura ao Mundial 2030, mas não falaram ainda no investimento que a organização desta competição pretende fazer, adiando a divulgação dos números para depois de um estudo que estará concluído dentro de um mês e meio. No caso português, António Laranjo, coordenador da candidatura, garante que não serão muito avultados, uma vez que não está prevista a construção de novos estádios.

«O investimento tem a ver com os três países que estão envolvidos. Cada um deles terá os seus próprios. No que diz respeito aos estádios, os investimentos estão a ser feitos. Não são apenas para o Mundial, tem a ver com a política desportiva de cada país. No que diz respeito a Portugal, não estão considerados investimentos ao nível dos estádios», destacou.

No caso português, como se sabe, estão a ser considerados os estádios do Benfica, FC Porto e Sporting que vão ser alvos de melhorias que já têm estado a ser implementadas. «Os estádios que estão a ser considerados têm dado provas que estão em condições para receber provas importantes. Não estamos a pensar fazer investimentos nos estádios. Temos outro tipo de investimentos, não em Portugal, mas em Espanha e Marrocos, que temos vindo a acompanhar. Investimentos feitos com os requisitos da própria FIFA», destacou.

O investimento é uma das maiores preocupações da organização tripartida, mas ainda não há números para divulgar. «Foi uma preocupação que a comissão de candidatura teve desde a primeira hora. Avaliar muito bem os custos que estão envolvidos com a candidatura e organização do Mundial. É um trabalho que está ainda a decorrer, estará concluído dentro de um mês ou mês e meio. Um trabalho que também nos dará informações sobre o retorno que o Mundial poderá proporcionar. Espero poder responder a essas questões, com dados concretos, depois do trabalho profundo e criterioso que está a ser feito, juntando a informação do trabalho que já está a ser feito no Mundial 2026», esclareceu o coordenador da candidatura.

De qualquer forma, António Laranja recorda que qualquer um dos três países já têm infraestruturas suficientes para organizarem uma competição como um Mundial. «Estes três países têm esta grande vantagem. São três países que tem infraestruturas de muito bom nível. Sejam desportivas, hospitalares ou de mobilidade. Tivemos a oportunidade de fazer visitas na posição de adeptos. Fizemos viagens em Espanha e Marrocos de TGV, fomos de um continente ao outro de ferry e andámos de metro. Não temos qualquer dúvida que estes países têm infraestruturas para organizar este evento. Esta é a grande mais-valia que esta candidatura tem», destacou ainda.