Os árbitros do Mundial de futebol de clubes, que tem início na quinta-feira no Japão, podem ignorar a tecnologia da linha de golo, experimentada pela primeira vez em competição, e até decidir em sentido contrário.
A informação foi dada pelo secretário-geral da FIFA, Jérôme Valckle, em relação ao Mundial, no qual serão testados dois sistemas, o Goalref, com um campo magnético e uma bola especial, e o Olho de Falcão, que requer a utilização de câmaras.
O primeiro estará em aplicação no Estádio Yokohama e o segundo no Estádio Toyota, os dois palcos da competição.
O GoalRef foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Fraunhofer, em Erlander, na Alemanha, e o segundo pela Sociedade britânica Hawk-Eye Innovations.
«O árbitro terá a última palavra no que diz respeito à tecnologia da linha de golo», disse Jérôme Valcke em conferência de imprensa realizada em Tóquio.
Esta mesma tecnologia, que vai ao encontro dos inúmeros apelos dos últimos anos nesse sentido, deverá ser igualmente utilizada na Taça das Confederações, em 2013, e no Mundial de 2014, no Brasil.
«É um grande dia. Será a primeira vez que a tecnologia será utilizada oficialmente num jogo. Até aqui não era mais do que experimental», sublinhou o secretário-geral.
No Mundial de clubes, os árbitros farão um teste ao sistema 90 minutos antes de cada jogo, para ver se funciona de acordo com o que entendem conveniente.
«Se existir a menor dúvida e se a mesma não puder ser corrigida de imediato pelo fornecedor, o árbitro terá o direito de dizer que não confia no sistema», acrescentou Valcke, reiterando que o árbitro «é a pessoa mais importante» e que terá «a decisão final».
O Mundial de clubes contará com equipas como o Chelsea, campeão europeu em título, Corinthians, vencedor da Taça Libertadores, ou o Al-Ahly, vencedor da Liga dos Campeões africanos, entre outros.