México-Camarões (Grupo A), 17h, SportTv1
Espanha-Holanda (Grupo B), 20h00, RTP1
Chile-Austrália (Grupo B), 23h, RTP1


E pronto, já aquecemos com o Brasil-Croácia, jogo único no dia de abertura, agora é prego a fundo. O dia 2 do Mundial 2014 tem três jogos na agenda, incluindo a final de 2010 repetida. Toda a informação sobre as partidas, e o que esperar.

Veja o calendário do Mundial

México-Camarões, 17h, SportTv1
Arena das Dunas, Natal
Árbitro: Wilmar Roldan (Colômbia)

A Tri conseguiu qualificar-se para o Brasil no limite e são muitas as dúvidas em torno da seleção que tem o portista Herrera a titular e Reyes também nas opções. Vimo-la em ação frente a Portugal na preparação para o Mundial e essa não foi a única derrota que sofreu por estes dias, também perdeu com a Bósnia, igualmente por 0-1.

Quanto aos Camarões, chegam ao Brasil no meio de controvérsia, que já se tornou normal nos últimos anos. Os jogadores ameaçaram não viajar, reclamando prémios, trocaram críticas com a Federação e agora cá estão no Brasil, à espera que a bola comece a rolar. O que poderá fazer esta equipa, que tem sido irregular mas tem indiscutível talento, é uma incógnita.

Num grupo com um super-favorito, o Brasil, este é um jogo crucial para começar a definir posições na luta pelo segundo bilhete para os oitavos.

Atenção a:

Oribe Peralta. É a referência do ataque da seleção mexicana. Goleador tardio, cresceu e afirmou-se no Santos Laguna, orientado pelo português Caixinha, e teve um papel crucial no apuramento. Transferiu-se já em maio para o América por 10 milhões de dólares e ter-se-á tornado o jogador mais bem pago a atuar no México. Já tem 30 anos, mas ocupou um dos três lugares de jogadores mais velhos para ajudar o México na conquista do título olímpico em 2012.

Fabrice Olinga. Não será titular nem é garantido que jogue, mas fique a saber que os Camarões têm o mais jovem jogador do Mundial. O avançado de 18 anos é jogador do Málaga, mas jogou a época passada cedido ao Zulte Waregem.

Histórico:
Nunca se encontraram em Mundiais. Há apenas um confronto anterior entre México e Camarões, um particular em 1993 que terminou com a vitória da Tri por 1-0.

Equipas prováveis:
México:  Ochoa; Aguilar, Maza, Marquez, Moreno; Layún, Herrera, Vázquez, Guardado; Giovani dos Santos e Oribe Peralta  
Camarões: Itandje; Nyom, Nkoulou, Chedjou, Assou-Ekotto; Mbia, Song, Eyong; Aboubakar, Etoo e Choupo-Moting

Espanha-Holanda (Grupo B), 20h00, RTP1
Arena Fonte Nova, Salvador
Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália)

Nem de encomenda, a reedição da última final do Campeonato do Mundo, quatro anos depois. Este Espanha-Holanda dispensa recomendações, tem tudo aquilo de que precisa um grande jogo de Mundial. 

Leia também: Espanha-Holanda: aproveite, que este prato é raro!

A Espanha não mudou muito de há quatro anos para cá, quando a Roja venceu por 1-0,  a Holanda sim. Daquela «Laranja» apenas restam sete dos 23 jogadores convocados: Dirk Kuyt, Nigel de Jong, Robin Van Persie, Wesley Sneijder, Arjen Robben, Klaas Jan Huntelaar e Michel Vorm. Esta Holanda de Van Gaal é uma equipa em renovação, e também em adaptação a um novo sistema. O treinador tem andado a testar uma tática em 5x3x2, com evolução para um 3x5x2, que acha mais adequada para encaixar os jogadores que tem à disposição.

A Espanha mantém 16 dos 23 campeões do mundo, no que é também um sinal das dificuldades de renovação da seleção que dominou o futebol mundial nos últimos anos. A Roja não tem apenas que encarar as dores da idade, mas também da história: desde o Brasil, em 1962, que um campeão não consegue defender o título com sucesso. E depois há aquele pormenor de nunca uma seleção europeia ter ganho um Mundial na América do Sul.

Atenção a:

Van Persie. Pressão é a palavra em torno do avançado do Manchester United. No seu terceiro e provavelmente último Mundial, é sobre ele que recaem grande parte das esperanças holandesas. Precisa de fazer mais do que fez até aqui no palco do Campeonato do Mundo: em 11 jogos, em 2006 e 2010, apenas marcou dois golos.

Diego Costa. Até perto do jogo deverá permanecer a dúvida, será que Del Bosque vai dar-lhe mesmo a titularidade no centro do ataque, ou mantém Fabregas, o novo reforço do Chelsea? Seria uma alteração radical na lógica da Roja e uma enorme responsabilidade para o avançado que virou costas ao Brasil para escolher a Espanha. Seja como for, titular ou não, Diego Costa já é um dos protagonistas do grande jogo de Salvador.

Histórico:
A final de 2010 é, curiosamente, o único confronto entre as duas seleções em fases finais do Mundial.

Equipas prováveis:
Espanha: Casillas; Juanfran, Ramos, Piqué, Jordi Alba; Busquets, Xabi Alonso; Iniesta, Xavi, Silva; Diego Costa
Holanda: Krul; Jaanmat, Vlaar, De Vrij, Bruno Indi, Daley Blind; De Jong, Klaisie, Sneijder; Van Persie e Robben

Chile-Austrália (Grupo B), 23h, RTP1
Arena Pantanal, Cuiabá
Árbitro: Noumandiez Doue (Costa Marfim)

O Espanha-Holanda dominará as atenções, mas no outro encontro do Grupo B também há ambição em jogo. O Chile, terceiro na qualificação sul-americana, uma equipa alegre e dinâmica que pode dar que falar no Brasil. Os chilenos têm estado pendentes do estado físico de Arturo Vidal, operado a um joelho no final da época, mas tudo indica que o influente médio da Juventus possa ser opção.

A Austrália conseguiu a sua terceira presença seguida num Mundial, mas a ambição dos Socceroos não vai muito além disso, numa fase de transformação da equipa, com um selecionador novo e pouco tempo de trabalho. Procurará cair a lutar, sem expectativas realistas de repetir a presença nos oitavos de final que conseguiu em 2006.

Atenção a:

Marcelo Díaz. Há caras bem mais conhecidas na equipa, como Alexis Sanchéz ou Arturo Vidal, mas o médio é uma figura-chave para o selecionador Jorge Sampaoli, que lhe chama o
«treinador dentro das quatro linhas».

Jason Davidson. Tim Cahill é a grande figura da Austrália, mas se for ver o jogo aproveita para recordar este lateral que já passou pelo futebol português. Discreto, sim. Foi contratado pelo P. Ferreira em 2009 e despediu-se em 2011, depois de um período de empréstimo no Sp. Covilhã.

Histórico:

O único encontro no Mundial entre as duas seleções têm História dentro, com letra grande, dentro. Aconteceu na primeira fase do Mundial 197, nove meses depois do golpe de Estado no Chile que derrubou Salvador Allende e colocou Pinochet e a sua ditadura no poder. A dramática situação no país foi lembrada em campo, onde adeptos chilenos entraram com uma faixa. O jogo terminou 0-0 e, na estreia da Austrália no Mundial, representou o primeiro ponto de sempre dos «Socceroos» num Mundial.

Equipas prováveis:

Chile: Claudio Bravo; Mauricio Isla, Gary Medel, Gonzalo Jara, Eugenio Mena; Charles Aránguiz, Marcelo Diaz, Arturo Vidal; Jorge Valdivia; Eduardo Vargas e Alexis Sánchez.

Austrália: Mat Ryan; Ivan Franjic, Matthew Spiranovic, Alex Wilkinson, Jason Davidson; Mark Bresciano, Mile Jedinak, Mark Milligan; Tommy Oar, Mathew Leckie e Tim Cahill