Portugal tem tradições nos Mundiais de sub-20, já ganhou a prova em 1991 e em 1989 e vai para a sua sétima participação. A presença no Mundial do Canadá, assegurada este domingo, no Europeu da Polónia, marca a primeira participação lusa no século XXI.
O Mundial de sub-20 disputa-se de dois em dois anos e Portugal falhou a qualificação para os últimos três torneios. Em 2001 na Argentina e em 2003 no Emirados Árabes Unidos esteve de fora, o mesmo sucedendo em 2005, na edição realizada na Holanda, e que terminou com a vitória da Argentina, campeã em título.
Na última participação, em 1999, na Nigéria, a Selecção Nacional não foi além dos oitavos-de-final perdendo com o Japão no desempate por grandes penalidades. O Japão acabou por ser derrotado na final pela Espanha. Da selecção que esteve nesse ano em África, orientada por Jesualdo Ferreira ficam no ouvido os nomes de Simão Sabrosa, Caneira, Ricardo Sousa, Paulo Costa e Hugo Leal.
Depois de uma primeira edição experimental na Tunísia, em 1977, sem participação portuguesa, a prova teve a primeira edição reconhecida pela FIFA em 1979, com a vitória da Argentina, de Diego Maradona. Nesse mesmo ano Portugal registou a sua primeira participação: no Mundial do Japão, a equipa portuguesa perdeu no prolongamento dos quartos-de-final, frente ao Uruguai.
Entre 1979 e 1989, Portugal falha quatro mundiais: 1981 na Austrália (vitória da Alemanha), 1983 no México e 1985 na URSS (vitórias do Brasil) e 1987 no Chile (ganho pela Jugoslávia).
Os anos de 1989 e 1991 marcam o desabrochar da «geração de ouro» que, sob o comando de Carlos Queirós, deixou frutos suficientes apara que Portugal ganhasse dois mundiais seguidos.
Em 1989 muitos portugueses aprenderam uma palavra nova: Riade. O mundial da Arábia Saudita marcou o primeiro êxito internacional de uma selecção portuguesa de futebol. Na altura, Portugal ganhou o Mundial sub-19, mas actualmente a FIFA reconhece a vitória na categoria de sub-20. Na final frente à Nigéria, Abel e Jorge Couto marcaram os golos portugueses. Na selecção de 89 pontificavam também Brassard, Paulo Sousa, Hélio, Jorge Couto, Paulo Madeira, João Pinto, Fernando Couto e Folha, entre outros.
Em 1991, Portugal organizava o Mundial e Brassard, Figo, Rui Costa, Jorge Costa, Abel Xavier, Paulo Torres, Rui Bento, Capucho e João Pinto, brinadaram o público português com uma vitória na final disputada no antigo Estádio da Luz. Portugal ganhou nos penalties frente ao Brasil de Roberto Carlos, Elber e do ex-benfiquista Paulo Nunes, e Emílio Peixe foi escolhido como o melhor jogador do torneio.
Na Austrália, em 1993, veio a ressaca: a selecção não conquistou um único ponto, foi eliminada na fase de grupos marcando apenas um golo em três derrotas frente a Alemanha, Gana e Uruguai. Costinha, Zeca, Litos, Ricardo Nascimento, Poejo, Porfírio e Andrade foram alguns jogadores utilizados.
Em 1995, a selecção portuguesa teve uma prestação brilhante: terminou em terceiro lugar depois de ter perdido na meia-final frente ao Brasil com um golo marcado no último minuto. No jogo da atribuição do terceiro lugar, a equipa de Quim, Beto, Nuno Gomes, Bruno Caires e Dani ganhou à Espanha por 3-2.
Portugal falhou a qualificação para o Mundial de 1997, na Malásia, ganho pela Argentina, seguiu-se a ida à Nigéria, para aquele que era, até à data, a última presença lusa em campeonatos do Mundo da categoria. Em 2007, volta a haver montra de luxo para os jovens jogadores lusos.