Um médico ligado à selecção francesa publicou um livro no qual revela que havia «análises de sangue suspeitas», nos campeões do mundo de 1998, pela França. A revelação é feita na obra de Jean-Pierre Paclet, intitulada «L Implosion», na qual o clínico acrescenta que a desconfiança era maior quando se sabia alguns dos clubes em que actuavam os internacionais franceses, sobretudo, a Jiuventus.

Paclet foi o responsável máximo pelos serviços médicos da selecção gaulesa no Mundial-2006, embora esteja ligado ao «bleus» desde 2003. Ao «Le Parisien», admitiu que «não saberia o que fazer» se estivesse no lugar do chefe do departamento em 1998, Jean-Marcel Ferret.

Este médico já se defendeu e declarou que foram efectuadas «dezenas de análises para detectar EPO e outras substâncias ilícitas». Ferret conta: «Não encontrámos nada, houve duas ligeiras anomalias em relação à taxa de hematócrito, mas vinculadas ao cansaço do campeonato. Estou de consciência tranquila.»

No livro, Paclet narra que o tema tornou-se «numa questão de Estado» e que, se tivesse havido uma investigação, talvez se encontrassem provas de dopagem: «Ter uma taxa de hematócrito elevada não implica o consumo de EPO, mas, como não havia provas, nem os chateámos.»

Depois, o autor, vira-se para a Juventus, na altura de Zidane e Deschamps: «É do domínio público que, naquela época, realizavam práticas nos limites.» No entanto, Paclet apenas afirma que Zizou e o agora treinador do Marselha estavam «expostos» porque actuavam na Juventus, mas não confirmou que as análises suspeitas eram dos dois médios.