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Em conferência de imprensa, o mesmo responsável apontou esta estimativa baseando-se num cenário de que a transportadora Varig se mantenha em actividade, visto ser esta «a principal, se não quase única, cliente da VEM», adiantou.



No entanto, no business plan da empresa é contemplado um segundo cenário menos optimista, onde não avançam números, que prevê a possibilidade da principal cliente da VEM, a Varig, deixar de voar. Aí terão que contar só com clientes terceiros, algo que, actualmente, representa apenas 20% do negócio da VEM. Mas mesmo assim, Jorge Sobral não deixa de enfatizar a importância da aquisição desta subsidiária da companhia brasileira, garantindo acreditar que «é possível preencher totalmente a capacidade da VEM ao fim de três anos».



Refira-se que no caso da TAP, a Engenharia e Manutenção (M&E) conta com 50% do negócio de terceiros e 50% da própria frota da companhia. A TAP M&E tem uma facturação de cerca de 200 milhões de euros, enquanto na VEM o volume de negócios ascende a cerca de 200 milhões de dólares (cerca de milhões de euros).



«O nosso grande desafio é colocar uma grande carteira de clientes terceiros na VEM e acreditamos que vamos conseguir», afirmou ainda Jorge Sobral.



Recorde-se que a TAP adquiriu, em consórcio, a VEM por 24 milhões de dólares. Já o endividamento da empresa, que é agora assumido pelas suas novas proprietárias, ascende a cerca de 100 milhões de dólares. Endividamento que a própria VEM pagará com a sua actividade, sublinharam os responsáveis da TAP.



Jorge Sobral adiantou ainda que a VEM tem cerca do dobro das infra-estruturas da TAP, se pensarmos quer em área de instalações quer no número de trabalhadores da empresa. Para além disso, a «VEM tem 80 anos e um nome no mercado», fez questão de sublinhar ainda.



Quanto ao processo de recuperação da própria Varig, o CEO da TAP, Fernando Pinto, reafirmou o interesse da companhia em continuar a acompanhar o dossier, tal como aliás já tinha garantido esta semana o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, já que a Varig não é só uma parceira importante na aliança que integram, a Star Alliance, como também é uma peça fundamental na expansão da TAP no mercado brasileiro e na distribuição de passageiros europeus na América Latina.