Vitória justa do Nacional (3-1) diante da Académica e subida para o quarto lugar da tabela, dando sequência à excelente temporada, com Manuel Machado no comando. Os alvi-negros acreditaram sempre, apesar de terem estado em desvantagem no marcador, foram eficazes e acabaram por ser premiados por isso.
Só aos 13 minutos surgiu um lance de verdadeiro perigo, num remate de Alonso fora de área. O Nacional detinha, então, a posse de bola e a Académica espreitava o contra-ataque, explorando a rapidez do trio da frente - Madej-Sougou-Lito. Mas foi devido a uma perca de bola de Luís Alberto que os estudantes conseguiam ficar em vantagem no marcador. Lito recuperou bem a bola, passou para Tiero, desmarcou-se e voltou a receber do ganês e não hesitou em rematar forte à entrada da área, num remate indefensável para Rafael Bracali.
A perder aos 20 minutos e a ver a Académica com ligeiro ascendente no jogo, Manuel Machado pôs mais um avançado em campo, passando a jogar em 4X3X3, num sistema táctico idêntico ao dos estudantes. O resultado foi quase imediato. Num cruzamento milimétrico de Alonso pela esquerda, Nenê cabeceou como mandam as regras e com muita colocação, obrigando Peskovic a ter de ir buscar a bola ao fundo das redes pela primeira vez, aos 31 minutos.
Embalados pelo golo marcado, a equipa alvi-negra tornou-se mais perigosa e a cinco minutos do intervalo podia mesmo ter conseguido vantagem no marcador, não fosse a boa defesa do guardião eslovaco, respondendo de forma eficaz a um remate do goleador Nenê.
Manuel Machado volta a mexer
Não totalmente satisfeito com o rendimento dos seus jogadores, Manuel Machado voltou a mexer na equipa ao intervalo, fazendo entrar Leandro Salino para o lugar de Bruno Amaro, à procura de um pouco mais de consistência no miolo. Domingos Paciência refrescou a frente de ataque, colocando em campo Saleiro e Licá, e tirando de cena Lito, que até estava a ser um dos melhores em campo, e também Sougou.
Foi, contudo, o Nacional quem voltou a marcar, aos 72, num belo golo de Mateus, dentro de área, um remate cruzado de pé esquerdo, após passe de cabeça de Nenê.
E o angolano, que esta época até tem sido o jogador do Nacional que mais tem falhado à frente da baliza, fez o segundo da conta pessoal, aos 88 minutos, numa altura em que os estudantes estavam lançados no ataque à procura da igualdade no marcador, fez o segundo da conta pessoal, dando seguimento a uma excelente combinação com Rúben Micael. Um golo que matou o jogo.