Nacional: Bracali e Marco Airosa quase chegaram a vias de facto

No final de uma sessão do Nacional que foi totalmente preenchida por jogos entre três equipas, o guarda-redes Bracalli e o defesa Marco Airosa trocaram algumas palavras mais azedas e chegaram mesmo a encostar peito com peito. Valeu a rápida intervenção de Felipe Lopes que deitou água na fervura. Tudo isto por causa de uma intervenção de Airosa que deverá ter ultrapassado as regras estabelecidas por Manuel Machado e que Bracalli relembrou de forma menos correcta no entender do internacional angolano.
Entretanto, Juninho, que está suspenso pelo clube, anunciou que não aceita um possível despedimento. O médio brasileiro está com um inquérito disciplinar e aguarda um contacto do presidente Rui Alves ou do departamento jurídico do clube. Mas o brasileiro diz que vai aguardar até segunda-feira por um contacto dos alvinegros.
Depois, o seu representante, Roberto Tibúrssio, deverá vir a Portugal para resolver a situação. Juninho garante que não se recusou a viajar mas que não estava em condições de o fazer no dia em que a equipa partiu para Melgaço para o jogo da Taça.
«Fui visto por um médico do posto do Aeroporto, pois não havia nenhum médico do Nacional aquando da partida. Disse que estava a sentir-me mal e o Luís Alberto pode confirmar, pois foi ele que conduziu o carro até ao aeroporto depois de eu me sentir mal-disposto a meio da viagem. Depois, fui ao hospital onde fiz os exames com o Dr. Ricardo. Na sexta-feira fui informado que não podia treinar e estava suspenso. Li que poderia ser despedido? Como pode isso acontecer?», perguntou o jogador que se diz de consciência tranquila.
«Estou impedido de fazer o que eu gosto: jogar futebol. Não fiz nada de mal. Dizem que me recusei a viajar, mas é mentira. O treinador diz que não tem nada contra mim e é um assunto da direcção. Se me querem mandar embora digam, mas tal terá de acontecer sem problemas. Tenho mais um ano e meio de contrato. Dizem que não estou a corresponder. Mas não me deixam jogar. Quero jogar de forma constante para poder ajudar o Nacional e depois poder partir sendo vendido para uma equipa melhor», acrescentou.