Uma partida que valeu pela emoção da segunda parte. O Nacional esteve a vencer por 2-0 e com mais um jogador após a expulsão de Ney. Mas mesmo assim, o V. Setúbal acreditou e chegou com justiça ao empate. Meyong e Cristiano fizeram gosto ao pé dando expressão ao acreditar dos sadinos.

Face aos bons resultados conseguidos na pré-temporada, o Nacional surgiu pressionante e a tentar resolver a partida cedo. Pedro Caixinha deixou Rondon e Mateus no banco, pois esta dupla internacional só treinou uma vez durante a semana. O V. Setúbal surgiu na Choupana bem fechado e apostado em explorar o contra-ataque com um trio veloz na frente: Cristiano, Meyong e Miguel Pedro.

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Naturalmente foi a equipa da casa quem teve as primeiras oportunidades para inaugurar o marcador, sempre por Keita que pecou no remate por três vezes. Mas o senegalês não estava a cumprir em termos defensivos e Caixinha avisou-o várias vezes. Por tal facto, Keita foi substituído aos 21 minutos por Rondon.

Curiosamente, os alvinegros não mais assustaram Caleb a partir dessa troca. Os sadinos acordaram e em 15 minutos foram construindo várias situações perigosas. Cristiano, Ney, Bruno Amaro falharam na hora de finalizar. Depois, Meyong com um grande cabeceamento viu Gottardi fazer a defesa da tarde para canto.

Assim, ao intervalo, o nulo aceitava-se, numa partida em que os visitantes tiveram mais perto de marcar.

Mão de Ney abre caminho para o golo

O técnico nacionalista lançou Mateus ao intervalo, retirando Moreno e fazendo recuar Revson para o centro da defesa. Claudemir ficou então como médio defensivo e o Nacional passou a ter o habitual trio no ataque. Só que em termos de maior poderio no jogo, a história não se alterou. Só de bola parada (sobretudo cantos) é que os nacionalistas foram criando algum perigo para a baliza de Caleb.

Aos 69 minutos tudo mudou, porém: Skolnik tentou o remate e Ney meteu a mão à bola. Grande penalidade, claro. Claudemir não perdoou e marcou com grande classe.

Recorde como vivemos o jogo ao minuto

José Mota ficou preocupado e nem teve tempo para reagir, pois aos 73 minutos, num livre direto, Isael fez o 2-0. Pensou-se que estava encontrado o vencedor da partida. Puro engano. Quatro minutos depois, uma falta de João Aurélio sobre o recém entrado Pedro Santos, deu origem a mais uma grande penalidade e Meyong relançou o jogo ao marcar o 2-1, aos 76 minutos.

Mesmo jogando com 10 jogadores, os pupilos de José Mota acreditaram que podiam empatar . E conseguiram-no com um bom cruzamento de Meyong e Cristiano não perdoou ao minuto 85. Balde de água fria na Choupana.

Os sadinos mantêm a tradição de não perder na primeira jornada da Liga, os madeirenses que vinham de uma pré-temporada positiva tropeçaram e de que maneira.