«Mais do que uma das grandes figuras do futebol português, é uma das grandes figuras de Portugal. Eusébio é Portugal. [...] Em criança cresci com o Eusébio e a Amália como os grandes símbolos de Portugal e continuo a vê-lo nessa perspetiva. Acho que são imortais. Neste caso, aquilo que Eusébio deixa torna-o imortal», afirmou José Mourinho, em declarações, por telefone, à RTP.
Mourinho referiu que Eusébio brilhou numa época, «num mundo diferente, num futebol diferente daquilo que é hoje», considerando que hoje é «muito mais fácil aos atuais grandes do futebol mundial» tornarem-se um fenómeno.
«Se alguém quisesse fazer algum tipo de paralelismo com aquilo que são hoje os maiores jogadores de futebol do planeta, e pensar o que poderia ser hoje o Eusébio se tivesse 20 ou 30 anos, acho ele seria uma coisa assombrosa», disse o técnico do Chelsea.
Para José Mourinho, cujo pai jogou contra Eusébio no Vitória de Setúbal, o ex-jogador do Benfica «foi sempre uma referência importante, por aquilo que foi no futebol, pelos valores e os sentimentos que sempre foi transmitindo, mesmo depois de terminar a carreira».
«(Esses valores) fazem do Eusébio uma pessoa única no futebol português e obviamente que deixa um vazio grande», concluiu.
Eusébio da Silva Ferreira morreu hoje às 04:30 vítima de paragem cardiorrespiratória.
O «Pantera Negra» ganhou a Bola de Ouro em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial Inglaterra de 1966 foi considerado o melhor jogador da competição, na qual foi o melhor marcador, com nove golos.
Na mesma competição, Portugal terminou no terceiro lugar.
Eusébio nasceu a 25 de janeiro de 1942 em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique.
Lusa
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