Sinais dos tempos: Madonna em Portugal já não é sinónimo de filas imensas de madrugadores dispostos a cometer loucuras para comprarem o primeiro bilhete. E poucos terão sido os que fizeram questão de passar a noite à porta do Estádio Cidade de Coimbra para assegurarem a pole position na entrada para o concerto deste domingo.

Não houve enchente de público - os preços proibitivos, com ou sem crise, afastaram muitos fãs -, mas ainda assim foram cerca de 40 mil as pessoas que assistiram ao regresso de Madonna ao nosso país.

Em ano de jubileu de outra rainha, a soberana da música pop veio a Coimbra defender o título conquistado a pulso desde há décadas, hoje em dia ameaçado por novas gerações de mulheres decididas a dominarem um mundo criado por Madonna.

Em menos de duas horas, a cantora norte-americana mostrou que continua a produzir espetáculos visuais como poucas outras, mas também acabou por expor algumas fraquezas. Interessada em provar que não quer viver apenas dos êxitos do passado, Madonna construiu um alinhamento cuja espinha dorsal é feita a partir dos principais temas de «MDNA», o novo álbum lançado em março. O que nunca foi suficiente para agarrar verdadeiramente um público que estranhou a cara lavada de hits como «Like a Virgin» ou «Hung Up».

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