O caso tinha o seu quê de controvérsia, mas nunca se pensaria que pudesse ter consequências tão nefastas para a Naval. Falamos do centésimo golo dos figueirenses na Liga, marcado por Simplício há três jornadas, frente ao Leixões. Desde então, nunca mais os homens de Ulisses Morais lograram agitar as redes adversárias e já lá vão 270 minutos, mais descontos.
Quando os algarismos se aproximaram dos 99 levantou-se a interrogação: seria mesmo esse o número rigoroso ou, na verdade, teria a Naval apenas 97? É tudo uma questão de interpretação. Golos efectivamente marcados seriam 97 (98 agora) e a diferença fica a dever-se ao célebre Belenenses-Naval da época passada. Na altura, os figueirenses perderam por 2-1, mas a utilização irregular de Meyong por parte dos azuis do Restelo, viria a custar-lhes uma derrota por 3-0.
Certo é que desde esse golo, que várias vozes defendem ter sido o centésimo, a Naval não conseguiu mais nenhum. E o pior é que no próximo jogo, em casa, frente à Académica, no derby do distrito de Coimbra, as coisas terão tendência a não melhorar. A Naval não marca aos rivais em jogos oficiais, na Figueira, desde 2001.