Marinho

Decisivo. Extremo com reputado andamento, deixou Carole à beira de um ataque de nervos. Forma um belo corredor direito com Carlitos e consegue manter a velocidade ao longo de noventa minutos de bom futebol. O lateral francês do Benfica, jovem com potencial, adaptou-se progressivamente ao complexo adversário, mas Marinho viria a mudar de flanco para decidir a partida. Insistência da esquerda para o centro, remate frontal e cruzado, fora do alcance de Júlio César. Três pontos que conservam a esperança da Naval 1º de Maio. Segundo golo da época. Marcara apenas em Guimarães, na estreia vitoriosa de Mozer (1-2). Ainda acertou na trave, em período de descontos!

Salin

Providencial a evitar os golos de Weldon e sobretudo Luís Filipe, este já em tempo de descontos. Segurança a toda a prova ao longo do encontro, para além de um jogo de pés de qualidade. Bom guarda-redes.

Luís Filipe

Como é que um profissional falha um golo daqueles, completamente isolado? Acontece aos melhores, mas Luís Filipe não consegue afastar a imagem de patinho feio deste plantel.

Carlos Martins

Maestro de uma orquestra desalinhada, percebeu desde cedo a melhor forma para ultrapassar a defensiva contrária. Apostou nas aberturas pelo ar, lançando a velocidade dos companheiros de equipa. Quando estes hesitavam, o capitão do Benfica transfigurava-se e procurava resolver sozinho. Na primeira parte, por exemplo, chegou a cabecear ao poste, antes de bater o canto que resultou no golo de Alan Kardec. Saiu ao minuto 66, com queixas nas costas.

Alan Kardec

Destaque natural pelo término de um ciclo terrível de cinco meses sem balançar as redes contrárias. Passou uma volta inteira a seco, reencontrando a baliza frente ao mesmo adversário. Marcara pela última vez frente à Naval, no Estádio da Luz, a 14 de Novembro de 2010. Titular na Figueira da Foz, encaminhava-se para mais uma exibição sem brilho. Contudo, alterou o cenário com o objectivo primordial de qualquer avançado: o golo. Bom desvio de cabeça, em antecipação a João Real, após canto cobrado por Carlos Martins. Ganhou confiança com o tento apontado e esteve melhor na etapa complementar.

Bruno Moraes

Está de regresso ao seu melhor nível. Terceiro golo em dois jogos, aproveitando a má saída do compatriota Júlio César. Ocupou o lugar do lesionado Fábio Júnior e provou ter ultrapassado os problemas físicos que acompanham este talento acima da média. Deu trabalho a Sidnei e a Roderick, acusando natural falta de ritmo na etapa complementar.

Júlio César

Substituiu o contestado Roberto, numa fase mais complicada do guarda-redes espanhol. Contudo, recuperou rapidamente a memória do titular das redes encarnadas. Erro tremendo no golo da Naval 1º de Maio, falhando por completo a saída. Bruno Moraes aproveitou para inaugurar a contagem. Procurou compensar o erro com intervenções de nível, como uma a remate traiçoeiro de Godemeche.

Michel Simplício

Uma verdadeira seca no flanco esquerdo do ataque da Naval. Aproveitou a recorrente fragilidade de Luís Filipe para carrilar o jogo da sua equipa, utilizando uma velocidade por vezes estonteante. O lateral do Benfica, raramente utilizado por Jorge Jesus, perdeu grande parte dos duelos defensivos, procurando rectificar a imagem com interessantes descidas pelo seu corredor.

Weldon

Essencial em alguns momentos da temporada passada, passou grande parte desta na bancada, surgindo como última opção para o ataque encarnada. Na visita à Naval 1º de Maio, somou a sexta aparição da época, desperdiçando duas oportunidades de golo. Na primeira, viu Salin voar e desviar para canto. Na segunda, tentou visar a baliza de ângulo reduzido, com Camora a afastar o perigo. Terá sido um dos seus últimos jogos pelo Benfica.