Nikão foi apresentado na quinta-feira como reforço do São Paulo, recebendo a camisola 10 que pertenceu a Dani Alves na época passada. Em conferência de imprensa, o extremo oriundo do Athletico Paranaense recordou uma história de vida difícil.

«Sou um mineirinho que saiu lá do interior, da cidade de Montes Claros, do Bairro Vila Exposição. Até parece que estou a viver um sonho de poder estar num clube como este, com uma torcida imensa, e vestir a camisola 10, que é uma responsabilidade muito grande», começou por dizer.

Aos 29 anos, e após sete temporadas ao serviço do Athletico Paranaense, Nikão mostra-se preparado para o futuro sem esquecer o passado complicado. «Perdi a minha mãe aos 8 anos, com cancro. Aos 16, perdi a minha avó, que cuidou de mim, com um enfarte. Com 23 anos, perdi um irmão num acidente. O meu pai, nunca conheci. Não conheço até hoje.»

«Passei por muitas dificuldades, mas Deus tem-me sustentado, tem cuidado de mim, deu-me família, esposa, filhos lindos, pessoas que caminham comigo. Agora é trabalhar bastante, é uma responsabilidade nova, num clube que exige bastante, mas estou preparado», concluiu extremo.