Só há um caminho para a «remontada»: a perfeição. O avançado brasileiro Nilmar está ciente da espinhosa missão que o Villarreal tem pela frente para seguir para a final da Liga Europa, mas, como «profissional», sabe que nunca pode virar a cara à luta e promete ambição para conseguir algo que «seria histórico.

«É difícil, mas temos de pensar marcar o primeiro golo o mais rápido possível e tentar fazer tudo perfeito. Não podemos errar em nada. Estamos confiantes em fazer um grande jogo e corrigir aquela segunda parte. No Porto só jogámos 60 minutos e deixamos escapar aquele jogo em 20, 25 minutos. Agora queremos fazer 90 minutos fortes», garantiu, em conferência de imprensa.

Apesar do resultado desnivelado, o Villarreal deu muito que fazer ao F.C. Porto, sobretudo na primeira parte. É nisso, também, que Nilmar se baseia para fundar a sua fé na reviravolta. «Dá-nos confiança saber que fizemos uma grande primeira parte. Jogámos melhor, mas no futebol é preciso marcar. Eu tive uma oportunidade e ainda houve mais. Mas o jogo tem 90 minutos e levar sofrer quatro golos em 25 é muita coisa.

Nilmar quer «marcar primeiro» e espera um F.C. Porto mais de contenção. «Claro que não vão jogar abertos como na primeira mão. Mas nós temos de pensar fazer o primeiro golo e não o quarto. O mais difícil é sempre o primeiro. Não vamos jogar contra jogadores sem experiência. São onze jogadores com muita qualidade. Vêm cá para fazer golos e querem sair com a vitória como vêm fazendo sempre», frisou.

«Árbitros? Não acredito que haja nada contra o Villarreal»

Juan Carlos Garrido tem transmitido aos jogadores a mensagem de que dependem apenas deles próprios para chegar a Dublin, como explicou Nilmar. O brasileiro lembra que o F.C. Porto já só tem «a cabeça na Liga Europa», prefere não atribuir uma percentagem de sucesso a cada equipa e acrescenta que «cada jogo tem a sua história».

«Se formos a ver pelo final do primeiro jogo, pode-se imaginar que o F.C. Porto vai fazer outra goleada. Mas a verdade é que, no primeiro tempo, podíamos ter conseguido uma vantagem de três golos. Sofremos um penalty duvidoso que mudou a história do jogo. Vínhamos a jogar bem e os adeptos deles não estavam a gostar, o que é normal, quando se joga em casa», afirmou.

O avançado falou, também, da notícia do jornal Marca acerca de um alegado jantar entre dirigentes do F.C. Porto e o árbitro do encontro da primeira mão, optando por desvalorizar o tema.

«Como sou profissional e acompanho os jogos de todo o mundo acredito que erros acontecem. Se a equipa jogar bem, podem haver árbitros comprados que não conseguem fazer nada. Também é certo que há jogos que dificultam, mas não acredito que haja nada contra o Villarreal», assegurou.