Como era de prever, Carlos Queiroz não quis confirmar se Liedson vai começar o jogo de Budapeste a titular: «Não vou responder a essa pergunta, até porque tenho de falar primeiro com os jogadores». O seleccionador também não confirmou que vá manter a aposta no 4x4x2 em losango, mas admitiu que o jogo da Dinamarca trouxe muitas ilações positivas, apesar do desfecho: «Tivemos um bom plano de jogo, os jogadores cumpriram as tarefas com total dedicação. Por outro lado, a Hungria tem um estilo diferente, com nuances que temos de ter em conta na abordagem à partida», afirmou, mantendo a porta aberta para eventuais alterações.
Veja o vídeo
O seleccionador destapou um pouco o véu ao sublinhar que, embora seja obrigatório procurar uma vitória, esta deverá ser construída de trás para a frente: «Talvez possa surpreender-vos com esta ideia, mas penso que o caminho, para já, passa por não sofrer golos. Se contra a Dinamarca não tivéssemos sofrido aquele golo do Bendtner, ainda por cima obtido em falta, embora as imagens não o tenham mostrado na totalidade, teríamos continuado a dominar o jogo como até ali. E contra a Albânia já tinha acontecido a mesma coisa», lembrou o seleccionador.
-Queiroz: «Quem não gosta de emoções fortes não deve ver o jogo»
-Selecção e o velho hábito de ser feliz com a Hungria
Reafirmando que viu a equipa «no caminho certo» frente aos dinamarqueses, Queiroz reforçou essa ideia mais à frente: «Vamos começar por aí, o primeiro caminho é não sofrer golos. Não quero quase vitórias, ou ser quase qualificado para o Mundial. Quero ganhadores. Mas estou convencido de que continuando neste caminho os golos vão aparecer», acrescentou.
Em resumo, com ou sem Liedson de início, Queiroz tem a receita na cabeça: uma equipa imune a acidentes, como o golo de Bendtner, e que «continue a jogar bem, ao ataque, dominadora e aparecendo com dois, três ou quatro jogadores na zona de finalização», concluiu.