Carlos Bianchi, o treinador com mais títulos no Boca Juniores, está de volta a La Bombonera, oito anos depois da sua última passagem pelo clube. Ao fim de uma semana de negociações, o presidente do clube, Daniel Angelici, não escondeu a sua alegria pelo acordo alcançado, numa pequena nota publicada no site oficial do clube de Buenos Aires.
«É uma imensa alegria que o técnico mais vitorioso de todos os tempos esteja de volta ao Boca. Desejamos o maior dos êxitos», atirou o dirigente depois de confirmar um acordo para os próximos três anos.
Esta será a terceira passagem de Bianchi pelo Boca, depois da primeira, entre 1998 e 2001, e da segunda, de 2003 a 2004. Nesse período, o carismático treinador conquistou quatro títulos de campeão na Argentina, três Taças Libertadores, que lhe valeram a alcunha de «mister Libertadores», e ainda dois Mundiais de Clubes. Depois de uma curta passagem pelo At. Madrid, em 2006, o treinador de 63 anos tinha decidido colocar um ponto final na sua carreira, mas o Boca convenceu-o agora, mas de seis anos depois, a voltar a trabalhar.
Carlos Bianchi, antigo internacional argentino, começou a carreira, em 1967, no Vélez Sarsfield, onde se destacou como melhor marcador da equipa, com um total de 206 golos. Depois do título argentino, assinou pelos franceses do Stade de Reims, onde continuou a marcar golos, destacando-se como melhor marcador da liga francesa por três temporadas consecutivas.
Em 1977 mudou-se para a capital para vestir a camisola do Paris Saint-Germain e voltou a ser melhor marcador, por mais duas vezes. Passou ainda pelo Estrasburgo, antes de fazer marcha-atrás na carreira, voltando a representar o Vélez, antes de pendurar as botas, em 1985, no Stade Reims.
Começou a carreira de treinador no mesmo ano, no Stade Reims, passando depois pelo Nice antes de regressar ao Parque dos Príncipes, sem muito sucesso. Voltou a ser feliz na Argentina, primeiro no Vélez, depois no Boca, com uma passagem curta pela Roma pelo meio. Foi no La Bombonera que passou o melhor período da sua carreira de treinador, com a conquista de títulos atrás de títulos. Falta saber se, depois de tanto tempo parado, ainda conserva a mística que lhe vale o estatuto de ídolo entre os adeptos «bosteros».