Giuseppe Galderisi, em estreia como treinador do Olhanense, esquematizou a sua equipa em 4x4x2, mas o rendimento, na primeira-parte, não diferiu em relação aos jogos anteriores, comandados por Paulo Alves: foi sofrível e gerador de descontentamento por parte dos adeptos. Completamente diferente foi a etapa complementar, e que chegou a empolgar os seus seguidores.
O Vitória Setúbal assumiu cedo o controlo das operações, denotando boa segurança na troca de bola, e com supremacia no miolo, com mais unidades, que manietava a fase de construção ofensiva do Olhanense, partindo a equipa algarvia em dois, face à anulação do setor intermédio algarvio. Além dos metros ganhos em direção à baliza de Belec.
Assim, foi sem espanto que aos 9 minutos Cardozo colocou os sadinos em vantagem. Belec defendeu um livre marcado por Rafael Martins, e na sequência, Cardozo desviou de cabeça, após cruzamento da esquerda. Um golo natural e fruto da maior apetência ofensiva da equipa de José Couceiro.
O Olhanense não conseguiu reagir e era mais expectável que os sadinos aumentassem a vantagem, do que o empate que acabaria por surgir, aos 39 minutos. Golo que apareceu num erro do guarda-redes dos sadinos: Jander rematou, a bola saiu muito enrolada, e Kieszek confio u que tinha o lance controlado. Mas o esférico embateu na barra e ressaltou para o toque de Mehemeti.
Um golo que caiu do céu para o Olhanense, que até então só tinha efetuado um remate à baliza adversária, por Celestino, aos 14 minutos. A primeira-parte foi de absoluto controlo vitoriano, que teve também um azar acrescido com a lesão de Kiko, que teve que ser transportado para o hospital, após choque de cabeças com Jander.
Do dia para noite foi a segunda metade, com os sadinos a perderem intensidade e a deixarem-se surpreender pela garra dos algarvios. Já não foram tão incisivos no ataque nem tão pressionantes no miolo, e o Olhanense conseguiu libertar-se.
E inverteram-se assim os locais de perigo: deixaram de acontecer na baliza de Belec para passarem para a baliza de Kieszek. Jander, aos 58 minutos no interior da área, viu a bola prensar num defesa e acabar por morrer nas mãos de Kieszerk, e no minuto seguinte, Mehmeti, de cabeça, falhou o alvo por pouco.
O Olhanense acabaria por chegar à vantagem, numa estupenda jogada de Federico Dionisi, que, aos 68 minutos, arrancou pela direita, passou por dois adversários, com o remate forte a não dar possibilidade de defesa a Kieszek.
Até final os algarvios conseguiram suster as tentativas dos sadinos chegarem ao empate, e, seis jogos depois, voltaram às vitórias no campeonato.
