Luis Díaz é, até ver, o jogador da temporada em Portugal. Diria até que é o jogador da temporada em Portugal, na Colômbia e em mais algumas partes do mundo. É difícil encontrar alguém com o rendimento do colombiano desde maio.

Podemos começar pelos números. Nos últimos 32 jogos, ou seja, desde maio, o colombiano fez 17 golos em 32 jogos. O que quer dizer que com Luis Díaz em campo, pelo FC Porto, pela Colômbia, havia meio golo em jogo. Não é uma garantia, claro, mas é uma probabilidade bem alta.

Desde maio, Díaz fez 11 golos pelo FC Porto em todas as provas e seis pela seleção, com o extraordinário simbolismo de ter igualado Lionel Messi como goleador da Copa América. Imaginem poder dizer que, pelo menos num torneio, se foi ‘tão bom’ como Messi…Depois, há a campanha individual na Champions, a maior montra de todas, com dois golos ao Milan.

É verdade que a estatística define rendimento e pode ser até o maior argumento, mas depois há o lado que nada tem a ver com númerica. Aquele lado que tem a ver com o incómodo que se sente quando se está sentado na cadeira a ver um jogo e o colombiano pega na bola, ora pela expectativa de quem o apoia, ora pela preocupação de quem o defronta. Dos que habitam no nosso campeonato, desde maio que é o jogador mais excitante de ver.

Díaz tem ainda bónus. Puxa para ele todas as atenções, o que permite que Pepê cresça e se adapte sem a pressão de quem custou 15 milhões de euros. Por falar nisso, o colombiano custou 9 milhões por 80 por cento do passe em 2019. Dois anos depois, nove milhões não chegam para comprar os restantes 20…