Muitos assuntos, vários protagonistas, e, nesse sentido, espero que quem quiser o favor de acompanhar as minhas ideias não se aborreça com a forma por mim encontrada para a eles se referir. É que são mesmo muitos os protagonistas começando, naturalmente, pelos dois que dão corpo ao título, mas não pela mesma ordem.

CARRILLO – com as duas máquinas de propaganda a atuar forte, a do jogador e a do Sporting, tenho para mim que acontecerá aquilo que desde há muito me cheira: o peruano não renova pelos leões e o clube procurará desvalorizá-lo o mais possível impedindo-o de jogar (depois de toda a vontade evidenciada pelo SCP em querer manter o futebolista percebo perfeitamente a sua posição) por decreto presidencial. Podem dizer-me que isso não é bom para as partes, mas se o jogador fica livre e o Sporting nada lucra, desde que lhe pague… Sim, porque não acredito em saída partilhada em Janeiro. Casareto não deixa e como é ele que determina o futuro de Carrillo e se prepara para ficar com o cofre a abarrotar… Logo, e porque não acho, sinceramente, Carrillo o fantástico jogador que tanta gente agora defende, JJ só tem de fazer o que o patrão decidir. Assim sendo, não joga no Bessa, nem em mais campo nenhum pelos leões. Só se renovar, o que não acredito, mantenho.

MAXI PEREIRA – como é que alguns se podem espantar agora com a virilidade do uruguaio? Andaram distraídos durante os anos que passou na Luz? Ou será que o excelente futebolista que continua a ser Maxi não fazia de vermelho muitas das coisas que tem feito de azul e branco? A questão é que agora é penalizado mais cedo. Mas, porque será? Desculpem-me os mais incrédulos, mas agora falta-lhe aquele manto protetor que tantas vezes fez dele um anjinho. Quanto ao resto tudo na mesma: grande futebolista, total entrega, garra para dar e vender, figura no Dragão como tinha sido na Luz.

ANDRÉ ANDRÉ – antes que seja tarde reforço o «mea culpa» e a partir daqui olho para ele como o faço com outros: nunca pensei que chegasse ao FC Porto e tivesse o ritmo elevado que tem mantido e que faz dele titular dos portistas. Julguei, mal, que só era jogador para clubes de dimensão menos exigente. Dou a cara e reafirmo que estava completamente enganado. E não faço esta declaração de fé só por ter sido o melhor frente ao Benfica; só isso seria suficiente, mas não. Este André é da mesma fábrica do outro que tantas vezes vi jogar e admirei.

ANDRÉ SILVA – outro André, diferente, mas com tudo para ser figura de primeiro plano como, aliás, já aqui referi e nem todos quiseram entender. A lesão sofrida na Tapadinha, mítico recinto do futebol nacional onde Duarte Machado foi infeliz, afinal, se assim se pode dizer, não é tão grave, mas dois meses são dois meses. Só que o jovem avançado do FC Porto está animado e porque já se percebeu que é gente de bem entendeu o que se passou como um acidente e promete voltar mais forte. Tenho a certeza que sim.

SÉRGIO CONCEIÇÃO – As inevitáveis chicotadas psicológicas já começaram, com as saídas de José Viterbo (Académica) e Armando Evangelista (V. Guimarães) e a boa notícia é a de que o sempre impulsivo Conceição regressa à atividade numa cidade vizinha aquela onde esteve na temporada passada. E para primeiro jogo não podia ter melhor do que um «derby» à minhota… Só falta mesmo ver regressar Paulo Bento. É verdade que o mercado é escasso, mas o currículo do ex-selecionador já justificava uma equipa. Mesmo que fosse no estrangeiro.

LEWANDOWSKI – Um dos melhores avançados o Mundo fez uma pequena brincadeira frente aquela que no presente é vista como a segunda melhor equipa da Alemanha, o Wolfsburgo. É verdade que Dante estava no centro da defesa dos verdes, mas cinco golos em nove minutos, para quem saiu do banco de suplentes… Nem mesmo Ronaldo. Ou Messi. Nem mesmo Maradona, Ronaldo Nazário ou outros grandes avançados.