A noite foi quase perfeita para Jorge Jesus.

E se escrevo quase é por uma questão de rigor. No plano de jogo que o treinador do Benfica montou para o Dragão só terá falhado uma coisa: defender Quaresma ( como de resto o próprio reconheceu).

Até à entrada do internacional português, tudo controlado. E tudo é mesmo muita coisa. As subidas dos laterais portistas, o jogo de Oliver, as entradas de Herrera, as corridas de Tello e sobretudo a comunicação entre Brahimi e Jackson, talvez o ponto mais forte do FC Porto.

Parar a equipa de Lopetegui é difícil. Vencer o FC Porto em casa, qualquer que seja o treinador, é coisa rara. O Benfica de Jorge Jesus conseguiu-o porque, lá está, foi quase perfeito.

Controlar o adversário foi a primeira parte do problema, resolvido pela excelente colocação de todos os defesas, ajudados pelos equilíbrios de Enzo Pérez. Sim, até porque acho que o argentino jogou por ele e por Samaris. O grego foi esforçado, empenhou-se muito, mas cometeu mais faltas do que era desejável. Acrescento à lista de excelência Júlio César, que fez uma defesa de guarda-redes de dimensão mundial, aos 32 minutos. Foi decisivo, até porque quatro minutos depois Lima marcou.

Como salientou Jesus no final do jogo, o Benfica foi sobretudo uma equipa experiente, serena e bem preparada. Costumam ser equipas asim, organizadas e batidas, que ganham campeonatos.

NOTA: eu sei que hoje é fácil dizer isto, mas confesso que tenho assistido com algum espanto às críticas de que Lima tem sido alvo. Talvez seja suspeito, talvez seja eu que aprecio de mais o avançado do Benfica. Na época passada, por exemplo, até achei que, tudo somado, tinha sido mais importante do Rodrigo.