O selecionador do Uruguai, Óscar Tábarez, recebeu inúmeras perguntas sobre o facto de Luis Suárez ter mordido Chiellini, durante o jogo com a Itália. O técnico tinha entrado sorridente na sala devido à qualificação para os oitavos de final, mas depois ficou sisudo perante a insistência dos jornalistas ingleses presentes.

«Gostaria de ver o lance primeiro. Não o vi. Se aconteceu, o árbitro também não viu, por isso não me merece nenhum comentário. Para nós, o triunfo teve aspetos muito mais importantes do que uma jogada», disse o técnico.

Colocado perante a possibilidade de a FIFA analisar a jogada e excluir Suárez, Tábarez fechou o rosto e atirou: «Não gosto que falem por mim. Não aceito conselhos de uruguaios, em de ingleses. Encheram Suárez de críticas por coisas extrafutebolísticas e não por aquilo que faz em campo. Cometeu erros e foi suspenso, mas parece-me que há uma animosidade evidente contra ele. Saiu desses momentos difíceis, porque o castigaram e dá-me a sensação que vamos voltar ao mesmo. Há gente escondida à espera de alguma coisa.»

Tábarez foi, porém, questionado mais uma vez sobre o tema. Que fará se Suárez foi castigado? «Obrigam-me a repetir a resposta três vezes. Não vou comentar. Jogámos muitas partidas sem ele, umas ganhámos, outras perdemos. Não esteve frente à Costa Rica e, claro, para nós Suárez é muito importante. Por isso, conforme o atacam, como já começou a ser atacado nesta conferência de imprensa, veremos como o defendemos. Mas isto é um Mundial de futebol, não de moralidade barata.»