Ferreira, um baixinho para colocar o futebol onde devia estar
Provavelmente porque jogou a meio da semana na Madeira, na vitória histórica sobre o Nacional, começou o jogo no banco. Entrou em campo logo no reatamento, para o lugar do desinspirado Edson, e mudou completamente o jogo. Rematou por quatro vezes com muito perigo e assistiu Filipe Anunciação e Rui Miguel para excelentes ocasiões de golo.
Pedrinha, um jogador de pé quente
O capitão do P. Ferreira anda realmente de pé quente: na Madeira marcou dois golos que garantiram um apuramento histórico para a final da Taça de Portugal, esta noite inaugurou o marcador com a Académica. Um golo tanto mais importante quanto foi uma pedrada no charco da desinspiração generalizada. Um feito, com todas as letras.
Peskovic, quando foi chamado mostrou trabalho
O guarda-redes da Académica entrou no jogo a sofrer um golo, logo da primeira vez que o P. Ferreira rematou à baliza, e passou toda a restante primeira parte sem trabalho. A segunda parte parecia levar o mesmo caminho, até que Ferreira apareceu em jogo. Nessa altura garantiu um ponto com três grandes defesas que mantiveram o resultado.
Orlando, forte até na área adversária
O central da Académica destacou-se quando marcou o golo do empate. Mas Orlando foi mais do que isso. Muito forte fisicamente, impôs o futebol musculado nas disputas de bola e manteve o perigo longe do seu raio de acção. Pelo meio orientou os colegas no crescimento da equipa. Teve uma ou outra falha, mas nenhuma delas comprometeu.
Rui Miguel, um pouco de ordem na casa, por favor
O médio emprestado pelo Zaglebie Lubin (Polónia) mostra a cada jogo que é realmente uma mais-valia para o P.Ferreira. Um jogador inteligente na leitura do futebol, de bom toque de bola e processos simples. Esta noite mexeu como ninguém com o futebol da equipa, deu-lhe ordem e colocou a bola no chão. Pena estar tão desacompanhado.
Berger, uma atitude que só lhe fica mal
Promovido à titularidade, ele que pouco tem sido opção nesta fase adiantada da época, acabou por ser substituído aos 25 minutos por Saleiro, quando a Académica já perdia. Saiu chateado, tirou a camisola e dirigiu-se para os balneários, o que é um direito que lhe assiste. Passar ao lado do colega sem sequer o cumprimentar, só lhe fica mal.