Júnior Bahia
Começou o jogo no banco, numa decisão de José Mota que surpreendeu muita boa gente, mas foi o primeiro a entrar em campo logo que as coisas começaram a parecer caminhar para o abismo. Virou por completo o cariz do jogo, trouxe agressividade e velocidade ao ataque, obrigou Toni a colocar em campo mais um defesa (Santamaria) no lugar de um avançado (NDaye), fez num cabeceamento cruzado o golo do empate e foi dele a assistência sobre o limite do tempo para o golo da vitória de Didi. Excelente!
Rui Dolores
Foi o principal municiador do ataque, num mérito que arrancou partindo sempre da esquerda do ataque para diagonais ou cruzamentos que encontravam espaço por entre a sobrelotação do meio-campo defensivo do E. Amadora. Foi o primeiro a criar perigo, na marcação de um livre que fez brilhar Bruno Vale, tendo-se depois evidenciado sobretudo no último passe. Já na fase do desespero teve a clarividência para trabalhar sobre um adversário e lançar um cruzamento que Júnior Bahia transformou em golo.
Didi
As ausências de Ronny e João Paulo por lesão permitiram ao brasileiro regressar à posição de origem, no vértice mais adiantado do triângulo ofensivo, um lugar onde Didi se sente claramente mais confortável. Foi o mais inconformado dos jogadores do P. Ferreira e o que mais trabalho provocou aos defesas do E. Amadora. Fartou-se de provocar perigo para a baliza adversária e mesmo sobre o final marcou o golo da vitória.
Bruno Vale
Segurou o empate até ao limite do possível com um punhado de intervenções muito seguras. Particularmente três delas. Na primeira voou a afastar um livre de Rui Dolores que saiu mesmo puxado ao ângulo superior, na segunda lançou-se ao chão a parar uma bomba de Pedrinha que vinha cheia de gás e na terceira saiu rapidíssimo aos pés de Edson a interceptar um remate do avançado que vinha isolado. Não merecia perder.
NDaye
Saltou do banco para fazer o golo que alimentou todas as esperanças de conquistar uma vitória que o E. Amadora não merecia. O jogo não corria bem ao E. Amadora e pareceu ficar um pouco pior quando Manú se lesionou, Toni já colocara em campo Bevacqua pelo que sobrava apenas NDaye. Apostou no avançado e com a sorte toda. Foi dele o desvio ao segundo poste que alimentou o sonho dos três pontos. Não chegou.
Edson, parece outro jogador
As lesões de Ronny e João Paulo deixaram José Mota com poucas opções para a frente de ataque, pelo que o treinador voltou a apostar no angolano que no início de época era a cabeça de cartaz da equipa. Mas este Edson já não é o mesmo. Parece outro jogador. Não faz um arranque em velocidade, não cria um desequilíbrio, não recupera bolas, raramente ajuda a defender e falha escandalosamente na cara do guarda-redes.