Pepa, treinador do Paços de Ferreira, em declarações na zona de entrevistas rápidas da Sport TV após o empate com o Portimonense (0-0):

«Somos e vamos ser sempre muito ambiciosos e fizemos de tudo. Nem sempre bem feito, mas fizemos de tudo. Se podemos olhar para cima, não vamos olhar para baixo. Pelas alterações, pelos jogadores que entraram, tudo fizemos para vencer o jogo, mesmo sabendo que íamos correr alguns risco. Tanto é que as duas melhores oportunidades são do Portimonense. Nesse aspeto, temos a capacidade de ler o jogo como ele é.

Podíamos ter perdido, mas tirando essas oportunidades claras foi um jogo muito disputado. O metro quadrado estava muito caro e enfrentámos uma equipa muito agressiva. E nós, se não fôssemos iguais a nós próprios e se não déssemos tudo em termos de entrega, teríamos perdido o jogo. Não tenho dúvidas nenhumas! Fomos muito abnegados, solidários, mas sempre a procurar a vitória. Não conseguimos também porque enfrentámos um Portimonense muito forte e o empate acaba por ser... como disse o Paulo [Sérgio] e muito bem, não dando para ganhar é um ponto na nossa caminhada.»

[Importância deste ponto para os objetivos do Paços?]

«Se no início do campeonato disséssemos que estaríamos aqui na primeira jornada da segunda volta com a possibilidade de nos colarmos ao terceiro classificado, iriam dizer que o Pepa e a malta aqui da zona de Paços era maluca. Isto é ser ambicioso, ir atrás de algo. É um sonho que estamos a viver? É trabalho. E se pudermos olhar para a frente, vamos olhar para a frente. Temos noção de que o nosso principal objetivo é a manutenção e que em termos matemáticos ainda nada está garantido, independentemente da média pontual estar baixa. Mas temos de ir no dia a dia. O nosso foco é esse. Acabámos o jogo, e isto pode parecer surreal, frustrados por não termos conseguido a vitória. (...) Este jogo podia ter dado para qualquer lado.

[Qualificação europeia é cenário cada vez mais plausível?]

«Quem pensa pequeno, vai ser pequeno para o resto da vida. E isto não é falsa modéstia nem dar um passo maior que a perna. É a realidade! E nós queremos pensar grande, independentemente do que possa vir a acontecer. Vamos atrás da melhor classificação possível com tudo. Vamos olhar para cima e não olhar para baixo, mesmo sabendo que vai ser cada vez mais difícil: por tudo.»